O aplicativo desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) auxilia no aprendizado de estudantes indígenas de Rondônia.
A partir de uma demanda dos quase 200 alunos do curso de robótica educacional para indígenas, do Instituto Federal de Ji-Paraná, que tinham dificuldades em entender o edital de inscrição.
A desenvolvedora da ferramenta Ilma Rodrigues explica que, das 52 etnias no estado, o projeto trabalhou com 32, cada uma com um dialeto.
“Nós deveríamos juntar isso e tentar, os termos de informática, tentar trazer de uma forma única para eles. De repente, eu percebi que havia a necessidade de criar um aplicativo como se fosse uma extensão no Google Chrome – ele é livre. Ele se tornou uma extensão dentro do ambiente mudo, para que quando o aluno indígena não soubesse o que queria dizer ‘robótica’, ele digitasse a palavra na língua dele e a tradução viria”, afirma Ilma.
Atualmente, o aplicativo já conta com quase 13 mil termos e está na versão 2.0. O aplicativo já foi patenteado pela Universidade Federal Fluminense e pelo Instituto Federal. A previsão é até o fim do ano, ser disponibilizado de forma ampla.
Para a pesquisadora, o aplicativo Comunica Tupi-tradutor permite romper barreiras.
“Quando você dá acesso para uma pessoa, você não inclui ela só digitalmente, você inclui ela culturalmente e você inclui ela socialmente. Então, o objetivo dele é que, dentro dos ambientes educacionais, ele facilita e rompe essas barreiras. Pra gente foi interessante a resposta dos alunos com esse acolhimento dentro da língua deles. A gente facilitou o processo de aprendizagem.”
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