O estado de Rondônia vive, nesta quarta-feira (18), uma situação crítica em relação à qualidade do ar, devido às intensas queimadas que assolam a região. A poluição atmosférica já ultrapassa o nível “péssimo”, de acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA).
As medições de partículas no estado variam entre 87 e 522 micrômetros por metro cúbico (µg/m³). Em Porto Velho, os índices vão de 349 a 379 µg/m³. Outros municípios também apresentam dados preocupantes:
- Guajará-Mirim: 522 µg/m³;
- Ji-Paraná: 190 µg/m³; e
- Cacoal: 87 µg/m³.
Com a classificação “péssimo” sendo atribuída a níveis entre 125 e 160 µg/m³, fica claro que os índices atuais excedem a faixa crítica, exceto no município de Cacoal, que se enquadra na categoria “muito ruim”, para concentrações que variam entre 75 e 125 µg/m³.
Ademais, em resposta à situação, uma deputada sugeriu a criação do “Radar das Queimadas”, uma plataforma que monitora em tempo real as ações de combate aos incêndios florestais.
Aumento das queimadas em Rondônia
Nas primeiras duas semanas de setembro, o número de focos de queimadas em Rondônia triplicou em relação ao total registrado nos primeiros seis meses de 2024. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que indicou 465 focos entre janeiro e junho.
Já entre os dias 1º e 15 de setembro, foram contabilizados mais de 1,5 mil focos, que representam 18,8% do total de queimadas no estado neste ano.
O comparativo com 2023 também aponta para um crescimento: em setembro do ano passado, foram 1.490 focos registrados. Em 2024, Rondônia já soma 8.137 focos de incêndio, um aumento de 106% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram identificados 3.941 focos.
Por fim, além das queimadas, Rondônia sofre com a seca severa. Pela primeira vez desde o início do monitoramento, em 1967, o Rio Madeira ficou abaixo de 1 metro. No último sábado (14), o nível em Porto Velho atingiu 41 centímetros, o menor valor já registrado.
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