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Mulheres têm salário 21,5% menor que homens em Rondônia, diz relatório

As mulheres em Rondônia enfrentam uma diferença entre salários significativa. Foto: Reprodução Agência Brasil

As mulheres em Rondônia enfrentam uma diferença entre salários significativa. Foto: Reprodução Agência Brasil

As mulheres em Rondônia enfrentam uma desigualdade salarial significativa, ganhando tendo um salário em média 21,5% menor que os homens.

De acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial, elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, os homens no estado têm uma remuneração média de R$ 3.104,35, enquanto as mulheres recebem R$ 2.437,24.

Os dados foram obtidos a partir de informações enviadas por empresas com 100 ou mais funcionários, conforme exigido pela Lei nº 14.611/2023.

A Lei de Igualdade Salarial exige que mulheres e homens que desempenham funções equivalentes recebam o mesmo salário.

Contudo, o relatório revela que, em Rondônia, a diferença de remuneração varia conforme o grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a disparidade chega a 28,2%.

Desigualdade social agrava diferença salarial

O relatório destaca que, em Rondônia, a desigualdade racial também influencia a disparidade salarial. O levantamento revela que há mais mulheres negras do que não negras nas empresas analisadas – 16,8 mil contra 9,4 mil, respectivamente.

No entanto, as mulheres negras ganham, em média, 10,7% a menos que as não negras. Entre os homens, a diferença salarial entre negros e não negros é de 13,6%.

Além disso, o relatório aponta que 56,8% das empresas em Rondônia possuem planos de cargos e salários, no entanto, apenas 40,6% adotam políticas de incentivo à contratação de mulheres. Enquanto isso, 31,6% têm políticas voltadas para a promoção de mulheres a cargos de direção e gerência.

A contratação de mulheres negras é incentivada por 34,8% das empresas, mas apenas 15,5% possuem políticas específicas para mulheres LGBTQIAP+.

Em nível nacional, a desigualdade de gênero também é significativa, com as mulheres ganhando, em média, 20,7% menos que os homens.

O relatório abrangeu 50.692 empresas no Brasil, quase todas com 100 ou mais funcionários. A diferença salarial entre homens e mulheres varia conforme o grupo ocupacional, sendo maior em cargos de dirigentes e gerentes, onde chega a 27%.

No que diz respeito à desigualdade racial, as mulheres negras ganham significativamente menos que as brancas—R$ 2.745,76 contra R$ 4.249,71, uma diferença de 54,7%.

Entre os homens, a diferença é de 56,4%, com os negros recebendo R$ 3.493,59 em média, comparado a R$ 5.464,29 dos não negros.

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