A Polícia Federal (PF) sequestrou mais de R$ 82 milhões em bens de um grupo suspeito de envolvimento em fraudes na regularização de terras públicas federais em Rondônia.
A operação, realizada nesta quinta-feira (3), cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em três cidades do estado.
Segundo as investigações, o esquema ocorreu entre 2017 e 2019 e envolvia a criação ilegal de títulos de propriedade com a utilização de “laranjas”.
Contudo, para isso, o grupo contava com a ajuda de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Logo, eles facilitavam a emissão dos Certificados de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) em nome dos laranjas.
Portanto, após o registro dos documentos falsos, o grupo recebia as terras públicas em forma de transferência, que lucrava com as fraudes.
De acordo com a PF, 11 lotes foram registrados ilegalmente em Candeias do Jamari (RO) e em duas fazendas da região.
Além disso, a Justiça decretou a indisponibilidade de áreas griladas avaliadas em cerca de R$ 143 milhões.
Os envolvidos podem responder por crimes como estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção passiva, corrupção ativa, invasão de terras públicas e lavagem de dinheiro.
A operação faz parte de um esforço maior da PF para desmantelar redes criminosas que lucram com a grilagem e a exploração ilegal de terras públicas no Brasil.
A PF sequestrou mais de R$ 82 milhões em bens de um grupo suspeito de envolvimento em fraudes na regularização de terras públicas federais em Rondônia.