Na manhã desta segunda-feira (9), a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgare, realizada simultaneamente no Amazonas, Pernambuco e Rondônia.
A ação, que chega à sua terceira fase, é uma continuidade da Operação Greenwashing e mira crimes ambientais e corrupção envolvendo servidores públicos.
Esquema com participação de servidores do IPAAM
As investigações revelaram que membros do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) usaram seus cargos para facilitar práticas ilegais. Entre as irregularidades estão:
- Emissão de licenças ambientais fraudulentas;
- Suspensão de multas; e
- Autorizações irregulares para desmatamento.
Segundo a Polícia Federal, alguns desses servidores já haviam sido indiciados em 2019 durante a Operação Arquimedes, que apurou crimes semelhantes.
Mandados cumpridos
Nesta etapa da operação, a Justiça Federal expediu mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas, autorizados pela 7ª Vara Federal Criminal de Manaus. As ações visam desmantelar completamente o esquema criminoso.
Fraudes reveladas pela Operação Greenwashing
A Operação Greenwashing, que antecedeu a Expurgare, desvendou um esquema de fraudes fundiárias com mais de uma década de atuação.
O esquema teve início em Lábrea (AM) e envolvia a duplicação e falsificação de títulos de propriedade O resultado foi a apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.
A operação já conseguiu descapitalizar a organização criminosa em cerca de R$ 1 bilhão, desarticulando suas atividades financeiras.
A Polícia Federal destaca que operações como a Expurgare são essenciais para combater a corrupção, proteger o meio ambiente e responsabilizar os envolvidos em atividades ilícitas que afetam diretamente a preservação ambiental e a gestão de terras públicas.