Uma aeronave foi destruída e duas pessoas foram presas após o fechamento dos espaços aéreos na Terra Indígena Yanomami.

O balanço das ações na região foi divulgado na sexta-feira (7) pela Força Aérea Brasileira (FAB).

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

A operação ocorreu em uma pista clandestina de garimpo ilegal, a sudeste de Surucucu, próximo à fronteira com a Venezuela.

A liberação dos corredores aéreos para saída voluntária de garimpeiros por voos privados foi encerrada na última quinta (6).

Deflagrada a partir de ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), os agentes pousaram na localidade ainda na quinta.

Na ação, os militares usaram um helicóptero da Marinha do Brasil, com tecnologia de visão noturna chamado NVG (Night Vision Goggles).

RELACIONADAS

+ PRF fechou 16 pistas de pouso clandestinas durante operação na Terra Yanomami em RR

+ Yanomamis: garimpeiros tem prisão preventiva por ação ilegal em RR

+ Crise Yanomami: hospital de campo atendeu 1.903 pessoas em 60 dias

Os suspeitos foram presos pelos agentes e em seguida a aeronave foi incendiada, conforme o relatório da FAB.

A ação foi realizada entre as Forças Armadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Espaço aéreo em Terras Yanomami

O frete aéreo é o modo mais caro para se acessar os garimpos instalados na floresta.

Os garimpeiros comentam que atualmente os voos clandestinos custam R$ 15 mil por pessoa – antes, custavam R$ 11 mil.

Inicialmente, os voos encerariam no dia 13 de fevereiro, mas foram prorrogados para o dia 6 de maio.

No entanto, após dez dias de ação, o governo antecipou o prazo para a última quinta-feira.

O objetivo da medida era forçar a saída de garimpeiros que insistem em ficar na região.

Agora, com o fim dos voos privados, os garimpeiros só podem sair do território pelos rios.