O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde (MS) já realizou mais de 30 mil atendimentos de saúde aos povos Yanomami, desde janeiro deste ano.

A ação faz parte de uma operação interministerial para salvar vidas e garantir o acesso à saúde aos povos indígenas da Terra Indígena Yanomami (TYI) situada nos estados de Roraima e Amazonas.

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Os trabalhos se deram diante da grave situação de abandono e desassistência, informou o MS.

Até o momento, mais de R$ 19 milhões já foram investidos pelo Ministério no socorro aos indígenas.

Principais ações emergenciais na região

saúde Rio Uraricuera em Terra Indígena Yanomami, em Roraima - Foto: Agência Brasil/Arquivo
Rio Uraricuera em Terra Indígena Yanomami, em Roraima – Foto: Agência Brasil/Arquivo

Entre as principais ações emergenciais realizadas neste ano estão a ampliação do atendimento com reforço de profissionais de saúde de diferentes áreas.

Além da recomposição do abastecimento de insumos e medicamentos de saúde; recuperação e construção de novas estruturas de saúde.

E o monitoramento constante da situação de saúde na região e realização de diagnósticos.

Atendimentos

Conforme os dados do Ministério da Saúde, foram realizados uma média 160 atendimentos por dia, resultando nos mais de 30 mil atendimentos de saúde efetuados em 2023.

Além disso, 256 crianças receberam alta após acompanhamento nutricional, e outras 75 permanecem em acompanhamento para desnutrição grave e moderada.

Postos de atendimentos

Segundo o balanço do MS, ocorreu a reabertura de sete polos-base de atendimento, sendo os polos de Hakoma, Homoxi, Haxiú, Kataroa, Lahaka, Ajarani e Parafuri.

Ocorreu, ainda, a inauguração do Centro de Referência em Saúde Indígena de Surucucu, dentro do território Yanomami.

A unidade tem a capacidade de atender cerca de 2,7 mil pessoas distribuídas em 46 aldeias da região.

Atuação de profissionais

Foram mobilizados 765 profissionais de saúde em todo o território, incluindo mais de 100 profissionais da Força Nacional do SUS.

Ainda, foram convocados 14 médicos do Programa Mais Médicos que passaram a atender de forma permanente no território Yanomami.

Medicamentos e insumos

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Entrega de alimentos ocorreu nessa quarta-feira (2) – Foto: Forças Armadas/Divulgação

Para reforçar o estado de saúde dos indígenas, a operação enviou mais de 3 milhões de medicamentos e insumos para atender o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami.

O montante de medicamentos e insumos incluiu mais de 30 mil testes para detecção da Covid-19 e mais 570 mil unidades de medicamentos para tratamento de malária.

Por fim, o Governo Federal entregou, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos, 12 mil quilos de comida ao território.

Desnutrição e malária

O Ministério pontuou que é visível a melhora do cenário encontrado em janeiro de 2023, diante das ações realizadas ao longo desses sete meses.

Entretanto, a pasta disse que ainda há problemas a serem solucionados, como os casos de desnutrição e malária. Por isso, deve dar andamento nas ações.

Próximos passos

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Indígenas na Terra Yanomami – Foto: Agência Brasil/Arquivo

O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, afirmou que a partir de agora, após a operação emergencial, o foco é trabalhar na questão estrutural.

A ideia é reconstruir a assistência de qualidade aos indígenas da região após o desmonte dos últimos anos.

“O atual cenário definitivamente é melhor que o encontrado, mas é algo gradual que levará mais tempo para se recompor. Trabalhamos agora para implantar um plano de combate à malária, um programa de estruturação das unidades de saúde e alocar investimento para saneamento”, garantiu o secretário.

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