A Polícia Federal (PF) cumpre 48 mandados por meio da Operação Buruburu, deflagrada, na manhã desta quinta-feira (17), contra 33 pilotos, mecânicos e financiadores de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).

Conforme a PF, são 11 mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e 19 mandados com medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

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Os mandados são cumpridos nos estados de Goiás, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima.

Além disso, houve a determinação do bloqueio de quase R$ 308 milhões dos 33 investigados.

Início das investigações da PF

A PF informou que iniciou as investigações no início de 2023, após um levantamento identificar que um mesmo empresário possuía aeronaves já investigadas por serem usadas em casos de tráfico de drogas e garimpo ilegal.

O mesmo empresário é proprietário de mais de 10 processos minerários na Agência Nacional de Mineração.

“A organização criminosa investigada se dividiria em 4 núcleos, um responsável por financiar as atividades de garimpo ilegal na TIY, outro por esquentar os minérios retirados ilegalmente, um terceiro seria integrado pelos pilotos e um último cuidaria da manutenção e recuperação das aeronaves utilizadas nos crimes”, acrescentou a PF.

O inquérito policial também indica que a estrutura de aeronaves e logística utilizada pelo garimpo ilegal seria compartilhada para a prática de outros crimes, como o tráfico de drogas.

Vários investigados já possuem passagens por tráfico de drogas e por integrarem facções criminosas.

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Novos suspeitos

Além dos 33 alvos da operação desta quinta, o inquérito apura o envolvimento de mais 36 suspeitos.

Com isso, serão 69 investigados, entre pilotos, mecânicos e empresários financiadores dos crimes.