Família é fundamental na primeira infância, período compreendido da gestação até os seis primeiros anos da criança. Em Roraima, Boa Vista se preocupa bastante em cuidar dos pequenos e prepará-los para a vida.

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Esse processo de formação das crianças só é possível com muito carinho e trabalho. Assim, há dez anos a Prefeitura começou a desenvolver o programa Família que Acolhe, que já beneficiou cerca de 30 mil gestantes.

Desse modo, com o Família que Acolhe, cuidar das crianças e reforçar os vínculos familiares virou uma política municipal e tornou Boa Vista a “Capital da Primeira Infância”.

Primeira Infância é da gestação aos seis anos de idade
Primeira Infância é da gestação aos seis anos de idade – Foto: PMBV/Arquivo

Família é tudo e deve estar no orçamento

Você já deve ter ouvido falar que família é tudo. E, não é mentira. Ela tem papel fundamental na formação das crianças. Por isso, o Programa se consolidou como uma política intersetorial.

Isso quer dizer que o Família que Acolhe envolve grande parte das secretarias da prefeitura, integrando serviços nas áreas de saúde, infraestrutura, educação, social, lazer, entre outros.

Sendo assim, com base na Lei Orçamentária Anual (LOA), o Município destina cerca R$ 166 milhões por ano para as ações de primeira infância em Boa Vista.

Além do mais, a política da família também consta no orçamento municipal por meio do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Neste sentido, as crianças também são contempladas em outras diretrizes.

Estas, garantem direitos a uma formação plena, como no caso do Plano Municipal de Desenvolvimento da Primeira Infância, aprovado em 2019.

Outro cuidado com a família está no período de licença maternidade das servidoras municipais, pois Boa Vista é uma das únicas capitais a conceder esse benefício por um período de sete meses.

Boa Vista é referência mundial no carinho com as crianças

Nesta semana o Família que Acolhe completa 10 anos. Nesse período, se tornou exemplo de política de primeira infância para o Brasil e para o mundo.

Prova disso, é o fato do Programa ter se tornado objeto de estudos e pesquisas sobre o tema nas mais renomadas instituições de ensino, como as universidades de Harvard e Nova York (EUA).

Isso também por conta do amplo atendimento, pois as famílias contam com orientações sobre parentalidade positiva, consultas médicas, enxoval para recém-nascidos, puericultura e planejamento familiar.

Além disso, há também sala de vacina e farmácia, atendimentos de psicologia e assistência social.

Além do mais, a creche é garantida conforme a assiduidade da família no programa.

Outras grandes atividades do programa são a Universidade do Bebê (UBB) e a Visitação Domiciliar, que consistem em encontros/visitas a cada 15 dias.

Família que Acolhe também faz visitas domiciliares
Programa também faz visitas domiciliares – Foto: Semuc

Nos encontros, as equipes do Programa orientam sobre o fortalecimento dos vínculos familiares e estímulos à saúde do bebê e o seu desenvolvimento.

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Reconhecimento ao Programa

O Família que Acolhe se tornou uma das bases do “Guia de Orientações sobre Parâmetros de Qualidade dos Programas e Serviços de Parentalidade no Brasil”, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

O Guia, sobretudo, serve de referência para estados e municípios para implantação destes programas Brasil a fora. Sendo assim, em 2019 Boa Vista sediou o 1º Fórum Nacional da Primeira Infância.

Três anos depois, em 2022, a capital sediou o 1º Encontro da Rede Urban95 no Brasil, com a participação de mais de 25 cidades de todas as regiões do país que vieram conhecer in loco as iniciativas de primeira infância de Boa Vista.

Além da referência, a capital acumula premiações e reconhecimentos sobre o trabalho desenvolvido na Primeira Infância. Confira abaixo:

  • Prêmio Prefeito Amigo da Criança – Categoria Boas Práticas (Junho 2016);
  • Prêmio Cidades Sustentáveis 2019: Redução das Desigualdades – Tema Acesso a Serviços – 2º lugar na Categoria Cidades Médias (Setembro 2019);
  • Prêmio do Conselho Nacional de Justiça de Boas Práticas para a Primeira Infância – 2º lugar na categoria Governo (Dezembro 2019);
  • Reconhecimento de Boa Prática do Comitê Gestor Intersetorial da Primeira Infância (Agosto 2021).