O estado de Roraima registrou a captura de 36.134 moscas da carambola em 2023, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

O número é quase o dobro da quantidade recolhida no ano anterior, que totaliza 17.594.

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Outro número que chama a atenção é o aumento da praga em um mês. Em julho, foram registradas 7.806 capturas, enquanto em agosto, o número aumentou para 15.995.

Mosca da Carambola em Roraima

Etapas de crescimento da Mosca da Carambola capturadas pelo MAPA - Foto: Portal Norte
Etapas de crescimento do inseto capturado pelo MAPA – Foto: Portal Norte

A primeira ocorrência da mosca em Roraima, surgiu em 2010, no município de Normandia devido a pressão vinda do país vizinho, a Guiana.

Fatores como falta de pessoal e recursos para realizar as fiscalizações e combate da praga contribuíram para o aumento do inseto.

Apesar dos números alarmantes, o Ministério pontuou que a mosca da carambola é considerada uma praga quarentenária.

Ou seja, uma praga que está sob controle oficial do MAPA, com apoio dos governos estaduais.

Frutas hospedeiras

Frutas hospedeiras para o inseto - Foto: Secom/Divulgação
Frutas hospedeiras para o inseto – Foto: Secom/Arquivo

O caju, manga e taperebá são algumas das frutas regionais hospedeiras da mosca da carambola. Confira a lista completa, que enumera 23 tipos de frutas:

  • Caju;
  • Manga;
  • Taperebá;
  • Biribá;
  • Ajuru;
  • Acerola;
  • Murici;
  • Aracá-boi;
  • Pitanga;
  • Goiaba;
  • Goiaba-araçá;
  • Ameixa-roxa;
  • Jambo-vermelho;
  • Carambola;
  • Sapotilha (Sapoti);
  • Abiu;
  • Cutiti;
  • Tangerina;
  • Laranja-da-terra;
  • Tomate;
  • Pimenta-de-cheiro;
  • Fruta-pão;
  • Bacupari;

A auditora fiscal federal agropecuária do MAPA, Ludmila Maria Oliveira de Saboya, explicou que, ao serem transportadas, essas frutas podem carregar a larva do inseto para lugares livres da praga.

Ainda conforme Ludmila, o produto não pode ser comercializado in natura à outras unidades da federação, apenas no comércio local.

“Por enquanto, os frutos são comercializados apenas internamente entre os municípios. A erradicação da praga vai possibilitar a exportação para fora do estado”, destacou.

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MAPA diz que está trabalhando para combater a praga

MOSCA Armadilhas utilizadas para atrair a mosca - Foto: Portal Norte
Armadilhas utilizadas para atrair a mosca – Foto: Portal Norte

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou está reforçando ações para combater e erradicar a Mosca da Carambola em Roraima.

O pedido de apoio para reforçar o combate foi feito pela auditora fiscal federal agropecuária, Ludmila Maria Oliveira de Saboya, que atua no estado.

A auditora fala sobre a atuação da fiscalização e sensibilização das pessoas sobre o transporte de frutas para evitar a disseminação.

“Daremos condições para intensificar a fiscalização e sensibilização dos condutores e passageiros que transitam nas nossas estradas, para que dessa maneira Roraima volte novamente a exportar nossas frutas”, afirmou.

Entre as ações realizadas para combater a mosca, estão: a pulverização nas plantações e armadilhas com atrativo hormonal e alimentar para o macho e para fêmea.

Após a pulverização, os agentes fazem a contagem de quantas moscas foram encontradas no local.

O objetivo é fazer um balanço da espécie em cada localidade, para mensalmente verificar se os índices da praga diminuíram ou aumentaram.

Armadilhas para captura das Moscas da Carambola - Foto: Portal Norte
Armadilhas para captura das Moscas da Carambola – Foto: Portal Norte

Orientações à população sobre a Mosca da Carambola

Nesse mês de outubro, a equipe do Governo Federal está visitando localidades de Boa Vista para realizar ações de combate à praga.

Todos os agentes estão fardados e são treinados para realizar os procedimentos de combate.

É recomendado que a população evite deixar frutos espalhado pelo quintal, afim de evitar a proliferação do inseto.

“E se você estiver precisando de uma poda, o agentes também estarão realizando a limpeza no local para remover essas frutas. Mas é necessário a cooperação da população para que os agentes possam verificar os locais”, concluiu.