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Mosca da Carambola: Ministério declara emergência fitossanitária em Roraima

É decretado quarentena em Roraima por mosca da carambola - Foto: Wilda Pinto/Ministério da Agricultura

Mosca da carambola é dor de cabeça para produtores de frutas - Foto: Wilda Pinto/Ministério da Agricultura

Roraima está em estado de emergência para a praga da Mosca da Carambola. A notícia foi dada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta segunda-feira (13).

O Mapa publicou a Portaria nº 627 declarando estado de emergência fitossanitária para a praga quarentenária presente Bactrocera carambolae (mosca-da-carambola) nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima.

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A declaração, nesse sentido, terá validade de um ano e é relativa ao risco iminente de dispersão e os potenciais prejuízos que esta praga pode causar ao setor.  

As diretrizes e medidas a serem adotadas para o enfrentamento à situação serão indicadas brevemente em Ato do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

No entanto, segundo o Ministério, algumas ações já se encontram em andamento no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, como a delimitação da área sob quarentena no estado do Pará.

Além disso, outra ação em andamento é a revisão dos procedimentos operacionais e do protocolo de controle atualmente instituído para a praga mosca da carambola, por meio da Instrução Normativa nº 28/2017. 

Mosca da carambola é ameaça para a produção e comercialização de frutas

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e a mosca da carambola é a principal ameaça à manutenção dos mercados de exportação já estabelecidos e em constante expansão da fruticultura.

Para a erradicação da praga, o Mapa coordena um programa que envolve ações de combate nos estados onde ela se encontra, além do monitoramento nas áreas sem ocorrência em todo o país. 

Ministério monitora casos de mosca da carambola – Foto: Portal Norte

No entanto, fatores adversos têm favorecido o aumento de capturas da praga nos estados do Pará e de Roraima. 

Um dos fatores é o aumento do fluxo migratório (estrangeiros provenientes de países com ocorrência da praga) e do comércio interno de frutas, aliados às condições favoráveis ao estabelecimento da praga (variedade e disponibilidade de culturas hospedeiras).

Outro fator que contribui para o aumento da mosca da carambola são as dificuldades técnicas no monitoramento e na fiscalização do trânsito de hospedeiros.

Ministério já havia avisado sobre Roraima

Em abril, foi declarado área sob quarentena para o estado de Roraima, pela Portaria nº 780. 

O status de quarentena implica na proibição do trânsito de frutos hospedeiros da praga para os outros estados. 

A praga Bactrocera carambolae, a mosca da carambola, causa danos não apenas na carambola, mas em diversas outras frutas como goiaba, acerola, tangerina, caju, pitanga, entre outras. 

No Pará, as recentes detecções de novos focos da praga nos municípios de Oriximiná e Terra Santa, localizados em uma região de altíssimo fluxo de pessoas e mercadorias, ocasionou a condição do iminente risco de dispersão da praga.

A dispersão da mosca da carambola, segundo o Ministério, seria para as demais unidades da Federação sem ocorrência e, em especial, para os principais polos frutícolas do Brasil. 

Já o estado do Amazonas, apesar de ainda se encontrar como área sem ocorrência da praga, foi incluído na condição de emergência fitossanitária.

O estado amazonense foi incluído na condição em função dos focos detectados em região próxima da sua fronteira com o Pará, bem como ao elevado fluxo de viajantes e produtos provenientes de Roraima. 

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