O rapper Jupitter Pimentel viralizou nas redes sociais, após dizer, no podcast “Entre Amigues”, que tem o gênero fluído. Além disso, ele se definiu como “boyceta”.
Por isso, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) compartilhou parte da entrevista de Pimentel, em uma rede social, e ironizou a fala do cantor: “Eu não tenho mais dinheiro pra pagar advogado, não”.
Em resposta, o rapper rebateu o parlamentar durante participação em um evento.
“Estar aqui hoje, pra mim, é muito significativo, porque ontem o deputado Nikolas Ferreira postou um corte meu nas suas redes para 11 milhões de bolsonaristas. E, hoje, eu tô aqui reunido com um monte de transmasculino. Isso só me dá mais força e garra pra chegar onde eu quero chegar. E eu sou boyceta, sim. Eu sou não binário, sim. Eu sou transmasculino, sim. E vocês vão ter que me engolir”, declarou.
Na gravação compartilhada por Ferreira, o rapper trans afirma que a possibilidade de expressão da própria feminilidade.
“Entendo as nuances do gênero, pra onde ele vai, pra onde ele caminha e ser boyceta me dá muita liberdade para ser de gênero fluído também, de expressar minha feminilidade quando eu quero, de ter essa identidade meio bicha, que é muito bom”, ressaltou.
O que é ‘boyceta’
O termo surgiu na cena de rap paulistana. Neste sentido, é utilizado para designar alguém de identidade não-binária.
Dessa forma, a não-binariedade, em resumo, se refere a pessoas que não se identificam nem 100% como homem, nem 100% como mulher.
Gênero fluído
Na sigla LGBTQIAPN+, o gênero-fluído é caracterizado pela letra “Q” de queer. Portanto, este conceito abrange as sexualidades e identidades de gênero fora do padrão social.