Do mês de janeiro até a última segunda-feira (15), Roraima registrou 701 crianças sem o nome do pai na certidão de nascimento.
De acordo com dados da Associação Nacional dos Registros de Pessoas Naturais (Arpen), isso representa uma média de quase quatro registros diários de pais ausentes.
Boa Vista, capital roraimense, lidera o ranking com 603 registros sem o nome do pai. Em seguida, estão Alto Alegre com 28, Rorainópolis com 26 e Mucajaí com 21.
Bonfim e Caracaraí possuem a menor quantidade, com 9 e 4 registros, respectivamente.
Em comparação ao mesmo período em 2023, o total registrado este ano representa uma diminuição de aproximadamente 20,3%.
Contudo, as consequências desse abandono são profundas, isso porque essa ausência pode acarretar dificuldades duradouras para crianças, adolescente e até adultos.
As consequência da ausência paterna
No YouTube, a psicóloga Jhanda Siqueira explica que a falta de uma figura paterna pode provocar na pessoa uma sensação de desamparo.
“É muito possível que você fique muito preso só na esfera da mãe e você fique muito colado com a sua mãe e tudo na sua vida seja sempre direcionado aquilo que é confortável e seguro”, explica.
Segundo a especialista, isso pode fazer com que essas pessoas tenham dificuldade de aceitar riscos e novos desafios.
Confira o vídeo
Projeto “Meu Pai Tem Nome”
A Defensoria Pública de Roraima (DPE-RR) está engajada no projeto nacional “Meu Pai Tem Nome”.
A iniciativa do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) visa reduzir o número de crianças sem o nome do pai na certidão de nascimento.
O projeto promove o reconhecimento de paternidade, realização de exames de DNA e atividades de educação em direitos, efetivando o direito fundamental de filiação.
As inscrições estão abertas até o dia 9 de agosto de 2024. Os interessados podem se inscrever através de um formulário online, pelo WhatsApp de agendamento 095 98108-0700, ou presencialmente na unidade da Defensoria nos municípios de Roraima.
Podem participar pessoas sem o nome do pai ou da mãe na certidão de nascimento, além daqueles que desejam adicionar o nome do pai ou da mãe socioafetiva.
Com informações da Defensoria Pública.
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