O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na última terça-feira (20), adiar o julgamento do governador de Roraima, Antonio Denarium, e o seu vice-governador, Edilson Damião.
Esse julgamento tinha o objetivo de decidir se manteria a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR), que cassou os mandatos de Danarium e Damião.
O motivo da cassação seria por entender que os políticos utilizaram programas sociais durante o ano eleitoral de 2022, acusando-os de suposto abuso de poder político e econômico.
Julgamento de Antonio Denarium
Na última semana, no dia 13 de agosto, o julgamento de Antonio Denarium e seu vice foi adiado pela presidente Cármen Lúcia.
Além da leitura da relatoria pela ministra Isabela Gallotti, os ministros também escutaram os advogados de defesa dos políticos de Roraima.
Ao ser remarcado pelo TSE, o Portal Norte ouviu o advogado especialista em direito eleitoral e mestrando em direito constituicional, Alex Ladislau, sobre o processo.
De acordo com ele, após as sustentações orais e leitura do relatório, o julgamento aconteceria com os votos e decisão dos ministros.
Em contrapartida das expectativas, o TSE divulgou na terça-feira (20) que o julgamento de Denarium e seu vice foi retirado de pauta, contudo, não foi divulgada os motivos e nem uma nova data.
Com a escassez de informações oficiais, hipóteses e versões sobre o adiamento foram levantadas.
O que pode ter adiado o julgamento de Antonio Denarium?
De acordo com a Folha BV, uma das versões prováveis é o envolvimento do senador Davi Acolumbre (União Brasíl-AP), um dos candidados favoritos para assumir a presidência do Senado Federal, atualmente ocupada por Rodrigo Pacheco.
Alcolumbre poderia ter aproveitado a reunião entre os poderes Legislatio, Executivo e Judiciário sobre as emendas parlamentares, que aconteceu antes da divulgação da retirada de pauta, para fazer um pedido “especial” e adiar o julgamento do governador.
Outra possibilidade é a influência sobre as eleições municipais. Segundo o jornalista Teo Cury, da CNN Brasil, um ministro foi ouvido sob reserva e revelou que a prioridade do tribunal é decidir questões diretamente ligadas às eleições municipais deste ano.
Assim, é possível que o julgamento do governador seja colocado em pauta pelo TSE após o período eleitoral, que vai até o dia 27 de outubro.
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