A Polícia Militar prendeu em flagrante o tenente H.F.S., de 49 anos, acusado de maus-tratos a animais no bairro Caranã, em Boa Vista. A operação ocorreu na tarde da quarta-feira (22), após denúncias recebidas pela Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DPMA).
A delegada Maryssa Batista, titular da DPMA, confirmou a denúncia e solicitou o apoio do Grupo de Resposta Tática (GRT) e da Polícia Militar, já que o suspeito pertence à corporação.
Confusão no momento da prisão
Dois advogados que estavam na residência do tenente também foram detidos durante a ação policial.
Ao chegarem ao local, os policiais foram confrontados por A.R.N., de 46 anos, advogado do militar, que saiu da casa com a arma do tenente em mãos.
O advogado recusou-se a entregar a arma, desrespeitou as ordens dos policiais e proferiu ofensas e ameaças, usando sua posição profissional para tentar intimidar a equipe.
A situação escalou quando A.R.N. partiu para a agressão física, desferindo socos e empurrões contra os policiais. Diante disso, ele foi preso após a aplicação de técnicas policiais e uso de uma arma de choque.
Outro advogado presente, A.E.L.J., de 35 anos, também foi detido após causar tumulto e tentar intimidar os policiais com filmagens. Ele chegou a empurrar um soldado da PM durante a confusão.
A ação da polícia
Com a autorização da delegada, os policiais entraram na residência, onde o tenente H.F.S. foi abordado e preso em flagrante. Além das acusações de maus-tratos a animais, a polícia encontrou um desvio de energia no local, resultando em mais uma acusação contra o militar.
Após o flagrante, a delegada Maryssa Batista retornou ao local da ocorrência na manhã desta sexta-feira, 23, acompanhada por peritos do Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida.
A perícia confirmou as condições precárias dos animais, que foram deixados sob a responsabilidade de um depositário fiel.
A arma do tenente foi apreendida e entregue ao Comando da Polícia Militar para apresentação em audiência de custódia.
O que diz a Polícia Militar
Em nota, a Corregedoria-Geral da Polícia Militar informou que está monitorando o caso e tomará todas as medidas necessárias, em conjunto com a Polícia Civil, para esclarecer os fatos e garantir a aplicação da lei.
Os advogados A.R.N. e A.E.L.J. foram liberados após a lavratura de Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) por desobediência e resistência, respectivamente.
Entretanto, as investigações continuam para assegurar que todos os envolvidos sejam responsabilizados.
Fonte: Folha BV.
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