Cinco policiais militares são alvo de uma operação da Polícia Civil, que realiza buscas e apreensões em Boa Vista nesta quinta-feira (29). Eles são suspeitos de encenar um confronto que levou à morte de um homem.
Entre os alvos da operação está um major de 39 anos. Durante a execução do mandado de busca na residência dele, os agentes encontraram e apreenderam granadas.
A investigação sobre os cinco policiais começou após a Polícia Civil descobrir inconsistências no relatório da PM sobre o incidente que resultou na morte do homem.
De acordo com trechos da investigação obtidos pela Rede Amazônica, foram identificadas diversas irregularidades, incluindo diferenças significativas entre os depoimentos dos policiais e as evidências em vídeo, além de comportamentos inadequados e falhas nos procedimentos de emergência por parte dos envolvidos.
Suposta Troca de Tiros
A suposta troca de tiros que originou a operação da Polícia Civil aconteceu em dezembro de 2023, quando Elieldo Homero Magalhães, de 25 anos, foi morto no residencial Vila Jardim, no bairro Cidade Satélite, zona Oeste de Boa Vista.
Na época, a PM alegou que Elieldo era associado a uma facção criminosa e que os policiais militares foram surpreendidos por ele armado ao entrarem no quarto de sua residência, com autorização da esposa.
A PM também informou que os agentes solicitaram que Elieldo largasse a arma e se rendesse sem que fosse necessário um confronto, o que não ocorreu. Segundo a versão policial, Elieldo teria efetuado dois disparos.
“Os policiais militares responderam de maneira proporcional e moderada ao ataque, efetuando dois disparos que atingiram o indivíduo”, justificou a Polícia Militar.
Elieldo foi levado ao Hospital Geral de Roraima (HGR), onde foi constatada sua morte.
Durante a abordagem no apartamento de Elieldo, os policiais apreenderam uma pistola calibre 7,65, 11 munições intactas, um carregador de pistola, nove pacotes com substância semelhante ao crack, 16 pacotes com substância semelhante à maconha e uma balança de precisão no forno do fogão.
Na ocasião, a PM detalhou que Elieldo era membro de uma facção criminosa e possuía um extenso histórico criminal, incluindo registros de tráfico de drogas, associação para o tráfico e disparo de arma de fogo.
*Com informações de G1
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