Ícone do site Portal Norte

Casal assassinado em disputa por terras: Justiça torna réus quatro suspeitos de crime

casal foi assassinado em Cantá

Jânio Bonfim e Flávia Guilarducci foram assassinados no dia 23 de maio. - Foto: Arquivo pessoal

A Justiça de Roraima aceitou a acusação do Ministério Público e passou a processar quatro indivíduos suspeitos de estar envolvidos no assassinato dos agricultores Jânio Bonfim e Flávia Guilarducci.

Os réus são: Helton John Silva e Souza, capitão da Polícia Militar e antigo segurança do governador Antonio Denarium; Caio de Medeiros Porto, empresário apontado como o autor dos disparos fatais; além de Jhonny de Almeida Rodrigues e Genivaldo Lopes Viana. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira, 28.

Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público, o empresário Caio Medeiros e o policial Helton John Silva de Souza teriam, de maneira deliberada e utilizando meios que dificultaram a defesa das vítimas, assassinado o casal de agricultores com disparos de arma de fogo.

No dia anterior ao crime, Jhonny de Almeida Rodrigues teria ajudado na execução do homicídio. Junto com Genivaldo Lopes Viana, ele teria adquirido as munições utilizadas no crime a pedido de Caio Porto.

Ainda conforme a acusação, Jhonny e Helton prestaram assistência a Caio Porto na fuga após o assassinato.

O juiz Breno Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e da Justiça Militar, considerou que existem provas suficientes para iniciar o processo penal contra os suspeitos.

O magistrado também acolheu o parecer do Ministério Público que recomendou o arquivamento da investigação contra Luiz Lucas Raposo da Silva e Deivys Jesus Mundarain Vegas, por ausência de provas de participação ou auxílio no crime.

Consequentemente, a Justiça determinou a revogação da prisão preventiva de Deivys e das medidas cautelares impostas a Luiz Lucas.

Na mesma decisão, o juiz manteve a prisão cautelar de Caio Porto e Helton John, para garantir a ordem pública, e preservou as medidas cautelares contra Jhonny e Genivaldo para assegurar o andamento da instrução criminal.

Confira abaixo a ordem de acontecimentos do caso.

Ordem cronológica do caso

O que diz o documento do MP sobre o crime contra casal

Extrai-se que o investigado Helton John mencionou em seu interrogatório que, após os crimes de homicídio, ligou para o Comandante Geral da PMRR e lhe contou a respeito dos fatos, momento em que foi instruído a trocar de celular e aguardar as investigações. Da mesma forma, relatou que Tiago Porto, irmão do investigado Caio Porto, esteve no Palácio do Governo para conversar com o Governador do Estado, Antônio Denarium, e que a referida autoridade teria feito contato com a Delegada Geral da Polícia Civil, solicitando para o caso ser resolvido diretamente com Tiago. 

Quanto ao Exmo. Sr. Governador, o investigado narrou que houve, em tese, uma tentativa de intervir nas investigações, não tendo sido obtida qualquer outra informação a respeito. 

Confira abaixo na íntegra.

Pede ainda o documento do Ministério Público de Roraima:

Instauração de inquérito perante esse E. Tribunal de Justiça para apurar os fatos atribuídos ao Exmo. Sr. Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Roraima, nos termos do artigo 77, inciso X, alínea “a”, c/c artigo 180, ambos da Constituição Estadual, designando-se Relator, com a posterior remessa dos autos a este Parquet.˜

Envio de cópia integral dos autos ao Exmo. Procurador-Geral da República, para que adote as providências que entender pertinentes quanto aos fatos atribuídos ao Exmo. Sr. Governador do Estado de Roraima.

Portal Norte traz as últimas notícias do Norte do Brasil, cobrindo Amazonas, Brasília, Acre, Roraima, Tocantins e Rondônia. Fique atualizado com nosso conteúdo confiável.

Sair da versão mobile