Dois meses após as polêmicas do pagamento de R$ 325 mil, correspondente a 50% do cachê da cantora Manu Bahtidão, o Governo de Roraima ainda não forneceu informações sobre o caso.
A denúncia é feita pelo portal Roraima 1, que explica que omitir a informações descumpre a Lei de Acesso à Informação (LAI).
O valor foi referente a um show no São João do Parque Anauá, que acabou sendo cancelado após a Controladoria Geral de Roraima (Coger) emitir um relatório chamando os valores do cachê de “excessivamente elevado”.
Desde julho, a equipe de reportagem do portal buscou esclarecimentos sobre o pagamento por meio da Secretaria de Cultura (Secult) via o portal Fala.BR, responsável por centralizar pedidos feitos pela LAI, mas não obteve retorno.
Com o cancelamento da festa pelo próprio Executivo, o governo deveria arcar com a multa contratual prevista para a cantora. Em casos como esse, onde o cancelamento é feito pelo contratante, o artista não é obrigado a devolver a quantia já paga, que corresponde à metade do cachê.
No caso de Manu Bahtidão, o contrato era de R$ 650 mil.
O São João do Anauá
Inicialmente, o arraial foi marcado para ocorrer entre os dias 15 e 20 de julho. No entanto, devido ao adiamento e à indisponibilidade de agenda da cantora, o governo substituiu Manu Bahtidão pela artista Japinha Conde, cantora de forró.
Em contato à época, o escritório de Manu Bahtidão se recusou a divulgar valores referentes à sua contratação. A Secretaria de Comunicação do Governo de Roraima também não respondeu sobre o valor pago pela rescisão contratual.
Além disso, o evento foi adiado duas vezes e levantou suspeitas de irregularidades nas licitações para a contratação de artistas. Artistas locais também emitiram uma nota de repúdio, classificando as ações do governo como um desrespeito à cultura.
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