A Força Nacional de Segurança Pública finalizou, nesta sexta-feira (13), a formação de 84 novos agentes, capacitados para ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Durante 22 dias, os participantes do curso receberam instruções específicas para atuar tanto na retirada de garimpeiros quanto em atividades de preservação do território indígena.
O treinamento foi além das técnicas convencionais de segurança, oferecendo uma preparação completa que abrangeu aspectos culturais e sociais das comunidades indígenas. Os agentes foram treinados em disciplinas como direitos humanos, polícia comunitária e o uso progressivo da força, além de técnicas de tiro defensivo e ofidismo, que inclui o manejo de situações envolvendo serpentes, comuns na região amazônica.
Com uma carga horária de 150 horas, o curso combinou aulas teóricas e práticas, além de palestras com representantes de diversos órgãos, como a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal, a Polícia Militar, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Ibama e o Instituto Chico Mendes (ICMBio). Também houve a participação de especialistas em saúde pública, reforçando a importância de uma atuação multidisciplinar e integrada no combate ao garimpo ilegal.
Essa capacitação reflete o esforço contínuo do governo em intensificar a proteção das terras indígenas, com foco na preservação ambiental e no respeito aos direitos dos povos originários, que têm sofrido com a invasão de garimpos ilegais. Além de proteger o território Yanomami, a iniciativa busca preparar os agentes para lidar com a complexa realidade social e ambiental da região.
Atuação
A Força Nacional de Segurança Pública está presente em sete comunidades na Terra Indígena Yanomami, com o objetivo de garantir a segurança dos povos Yanomami e Ye’kwana, conforme informou a corporação. Sua atuação é estratégica, visando proteger essas populações vulneráveis e assegurar a integridade de seus territórios diante das constantes ameaças.
Além de suas operações diretas, a Força Nacional atua em parceria com outras agências federais, como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Juntas, essas instituições colaboram na fiscalização de áreas que são fundamentais para a logística do garimpo ilegal, bloqueando rotas e combatendo atividades ilícitas que impactam o território indígena e o meio ambiente.
* Com informações do Governo Federal