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Operação destrói pista ilegal usada por garimpeiros na Terra Yanomami

Pista-Terra-Yanomami

Desde março, 44 pistas foram demolidas ao redor do território indígena - Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo

As Forças Armadas destruíram a primeira pista de pouso dentro da Terra Yanomami, utilizada para abastecer o garimpo ilegal na região de Surucucu, em Roraima.

A ação, realizada na última quarta-feira (18), marca mais um passo decisivo do governo federal no combate às atividades ilícitas na Amazônia. Desde março, 44 pistas foram demolidas ao redor do território indígena, em uma ofensiva que visa enfraquecer a logística dos garimpeiros e dificultar o acesso às áreas isoladas.

O governo utiliza uma combinação de sobrevoos de reconhecimento, imagens de satélite e tecnologia avançada para mapear as rotas clandestinas.

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) tem um papel crucial nesse processo, fornecendo informações valiosas.

Além disso, o radar SABER M60, desenvolvido pelo Exército, foi fundamental para localizar a pista destruída. Com base na análise dessas imagens e dados de inteligência das Forças Armadas, a Casa de Governo coordenou a operação em conjunto com os militares, reforçando a estratégia de desarticulação das infraestruturas de apoio ao garimpo ilegal.

Efeitos da destruição das pistas de pouso

Segundo Nilton Tubino, assessor da Secretaria-geral da Presidência, a destruição dessas pistas afeta diretamente a logística dos garimpeiros, dificultando o transporte de suprimentos e equipamentos.

Ele acredita que, com a desativação das rotas aéreas, as atividades ilegais serão severamente prejudicadas, desmotivando a permanência dos garimpeiros na Terra Yanomami.

A expectativa é de que novas ações sejam realizadas em breve, como parte de um plano mais amplo de retirada completa do garimpo da região. O monitoramento contínuo, apoiado por tecnologias de ponta, é considerado essencial para o sucesso da operação.

Entre março e setembro de 2024, o governo intensificou suas operações, resultando na destruição de 45 pistas de pouso, 20 aeronaves, 96 antenas de comunicação via satélite, além de grandes quantidades de maquinário e recursos utilizados pelos garimpeiros.

O prejuízo causado aos grupos ilegais é estimado em R$ 209 milhões, fruto das 1.812 operações realizadas no período. As ações também resultaram em prisões.

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* Com informações da Agência Brasil

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