O empresário Rodrigo Araújo Costa, de 27 anos, foi preso nesta quinta-feira (17) por estelionato. Ele é suspeito de causar um prejuízo de R$ 740 mil a várias vítimas por meio de um esquema de empréstimos fraudulentos em Boa Vista.
A esposa dele, Eryca Menezes Carneiro, de 31 anos, também envolvida no crime, está foragida.
O portal g1 informou, nesta quinta, que noticiou que pelo menos três migrantes venezuelanos já haviam acusado a empresa de Rodrigo, a Master Cred Promotora, de golpes financeiros, totalizando um prejuízo de mais de R$ 16 mil.
Entre as vítimas, estava um casal que planejava usar o dinheiro para tratar o filho de 9 anos no Rio Grande do Sul, e uma jovem que tentava comprar uma cadeira de rodas e financiar o tratamento da filha com deficiência física e intelectual.
Como funcionava o esquema criminoso
Segundo as investigações, o esquema funcionava da seguinte forma: Rodrigo Costa ajudava as vítimas, que recebiam o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do INSS, a contratar empréstimos consignados.
“Quando o valor dos empréstimos era creditado nas contas das vítimas, os dois solicitavam esses valores emprestados sob a promessa de que, após dois ou três dias, devolveriam o dinheiro com uma comissão. No entanto, eles não devolviam os valores nem pagavam a comissão prometida, causando prejuízos às vítimas que ainda precisam pagar as parcelas dos empréstimos junto às agências bancárias”.
– Eduardo Eduardo Alves Patrício, delegado Adjunto da DDCON
Depois de aprovado, ele as convencia a investir o valor na Master Cred Promotora, prometendo retornos maiores com juros. No entanto, os valores não eram devolvidos no prazo combinado de 7 a 15 dias, deixando as vítimas com a dívida do empréstimo a ser paga.
A Polícia Civil confirmou o funcionamento do golpe e destacou que as vítimas, em situação de vulnerabilidade, ficavam com as parcelas do empréstimo descontadas diretamente no benefício do BPC.
“Algumas vítimas acionaram o Poder Judiciário na tentativa de reaver parte dos valores, mas sem sucesso até o momento. O investigado, em seu interrogatório, alegou que não conseguiu honrar com os pagamentos porque “não tinha mais dinheiro”, afirmando que o montante foi usado, em grande parte, para a compra de um veículo”, disse o delegado.
As investigações, que começaram há dois meses, apontaram que Rodrigo aplicava o golpe principalmente em pessoas vulneráveis, como idosos, indígenas e deficientes. Até o momento, 28 ocorrências foram registradas contra ele.
Fonte das informações: G1 Roraima e PCRR.