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Febre amarela: Saúde alerta municípios de Roraima após morte de macaco

Roraima em alerta para febre amarela

Roraima em alerta para febre amarela. Foto: CarldeE Souza/AFP

A Secretaria Estadual de Saúde alertou os municípios de Roraima sobre a febre amarela após a morte de um macaco infectado.

O macaco morreu em uma comunidade indígena em Alto Alegre, no interior de Roraima, em agosto. No entanto, a confirmação do óbito por febre amarela ocorreu nesta semana.

“Recebemos o resultado do diagnóstico laboratorial de um PNH [Primata Não Humano] de uma comunidade indígena de Alto Alegre, muito próxima à área urbana do município, encontrado morto em agosto. Houve essa epizootia, e o Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue foi até o local. É uma região pertencente ao Dsei Leste, mas a equipe estadual foi até lá, coletou material desse animal, que foi enviado ao laboratório do Instituto Evandro Chagas, referência na região”, explicou Rosângela Santos, gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue do Estado.

Com o diagnóstico e registro, a Secretaria emitiu um alerta epidemiológico em 15 municípios do estado. São eles:

Além desse caso, a Secretaria registrou dois casos de febre amarela em humanos.

Os pacientes, oriundos da Guiana, país na fronteira com o município de Bonfim, no norte de Roraima, foram tratados no maior hospital do estado.

Além disso, desde o início do ano, a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde investigou pelo menos quatro casos envolvendo a morte de macacos.

Rosângela explicou que não foi possível coletar material biológico:

“Tivemos quatro ocorrências de epizootias, todas no município de Alto Alegre. Infelizmente, não foi possível realizar a coleta de material desses primatas, uma vez que já estavam em decomposição”, esclareceu.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda que tem evolução rápida e gravidade variável, apresentando alta letalidade nas formas graves.

Ela é causada por um vírus transmitido por mosquitos, tendo dois ciclos de transmissão: urbano e silvestre.

No ciclo urbano, mosquitos urbanos infectados transmitem a doença. Já no ciclo silvestre, mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes, são os vetores mais importantes.

Os macacos são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus no ciclo silvestre, sendo vítimas da doença assim como os humanos, que nesse ciclo são hospedeiros acidentais.

Por fim, segundo o ministério da Saúde (MS), a doença deve ser notificada imediatamente.

“Todo evento suspeito, seja a morte de primatas não-humanos ou casos humanos com sintomas compatíveis, deve ser comunicado às autoridades locais competentes dentro de 24 horas após a suspeita inicial”, diz o MS.

Além disso, as autoridades estaduais de saúde, por sua vez, devem notificar os eventos suspeitos ao Ministério da Saúde.

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