Nesta terça (12), os manifestante estão realizando mais uma mobilização na BR-174, com sentido à Pacaraima, desde às 6h, além de continuar na comunidade indígena Jacarezinho, na região da Raposa, em Normandia.
De acordo com o Conselho Indígena de Roraima (CIR), o protesto já tem duração de 15 dias.
Ademais, segundo o CIR, o movimento já reuniu por volta de 2 mil indígenas de várias regiões do estado, incluindo idosos, estudantes e crianças.
A mobilização ocorre de forma pacífica e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fiscaliza o protesto.
Manifestações contra ‘Marco Temporal’
O Supremo Tribunal Federal realizou uma audiência de conciliação sobre a medida sem a Articulação dos Povos Indígenas (Apib), principal entidade que atua em defesa dos indígenas. Por fim, em decorrência disso, o ‘Marco Temporal’ esteve em pauta em várias regiões do Brasil.
Os protestos contra a tese jurídica ‘Marco Temporal’ nas comunidades indígenas de Roraima iniciaram em (29) de outubro. O ato começou por volta das 8h, nas proximidades da comunidade indígena Sabiá.
Sendo assim, a ação fez parte da Mobilização Nacional Indígena (MIB) que ocorreu na quarta-feira (30) de outubro.
Além disso, as manifestação também estão ocorrendo em outras rodovias estaduais de Roraima, nos municípios de Amajarí, Normandia e Cantá.
O que é o ‘Marco Temporal’?
O Marco Temporal é uma tese jurídica que define que os povos indígenas só têm direito às terras que estavam em sua posse ou sob disputa judicial na data 5 de outubro de 1988, quando foi, portanto, estabelecida a Constituição Federal do Brasil.
No entanto, as comunidades indígenas discordam da medida por restringir seus direitos territorais e o processo de demarcação de terras tradicionais.
As comunidades afirmam, contudo, que o processo está desconsiderando as expulsões e deslocamentos forçados que ocorreram antes da data da criação da Constitução Brasileira.
Segundo o CIR, os atos são feitos para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado contra o Marco Temporal.