O projeto ‘Enfim, casados’ realizou sua 2° edição nesta sexta-feira (22) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Roraima. A cerimônia formalizou o matrimônio de 37 presos em um casamento coletivo.

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), em parceria com a Defensoria Pública do Estado (DPE) e o Tribunal de Justiça de Roraima (TJ-RR) realizaram o evento. Além disso, o Cartório do 2° Ofício oficializou o matrimônio dos detentos.

O projeto ajuda na ressocialização

Uma das parceiras dos detentos, Grazielly Mota, manicure de 23 anos, aproveitou o evento para renovar os votos com o amado.

Ela relata que o casamento coletivo acolhe e realiza o sonho de vários casais: “Querendo ou não, nós do sistema penitenciário somos aquela minoria excluída, a gente é visto com maus olhos pela sociedade por conta dos nossos familiares estarem aqui, porém não é assim.”

Grazielly falou da importância da ressocialização: “Esse projeto é muito interessante para ressocializar os presos e ajudar a família a manter os laços.” relatou.

Conforme o secretário da Justiça e Cidadania, Hércules Pereira, os projetos da Defensoria Pública em parceria com o TJ-RR estão tendo bons resultados para ressocialização dos detentos.

Ele destacou que os internos enfrentam situações indignas, reforçando que a integração institucional garante os direitos das pessoas privadas de liberdade no Estado.

Já o desembargador Almiro Padilho fez um pedido para que incluíssem detentas na iniciativa: “Vemos muito os homens que estão segregados casando, mas a gente não vê muitas mulheres tendo o mesmo momento. Então, esse é nosso pedido para esses companheiros: que eles também façam o casamento, para que a gente prestigiar as mulheres privadas de liberdade”.

Casamento coletivo LGBT+ acontece em prisão no Amazonas

Inclusive, no início de novembro, sete casais LGBT+ tiveram uma cerimônia de casamento coletiva no Centro de Detenção Feminino, na BR-174.

O Tribunal de Justiça do Amazonas, com o apoio de instituições parceiras e familiares dos noivos, oficializou a união civil em um evento especial.

Segundo Danielle Perasa, coordenadora do Núcleo de Advocacia Voluntária (NAV) e do TJAM, este foi o primeiro casamento coletivo de pessoas vulneráveis realizado no Centro de Detenção Feminina.

O Casamento Coletivo LGBT+ na unidade prisional teve como objetivo promover a cidadania e reforçar os vínculos familiares das reeducandas.