O município de Itamarati, no interior do Amazonas (a 983 quilômetros de Manaus), decretou situação de emergência na saúde pública, ocasionada por surto de malária na cidade. A situação de emergência no município valerá por 180 dias.
O decreto municipal número 718 entrou em vigor na última quinta-feira (22), e publicado no Diário Oficial Eletrônico dos Municípios do Amazonas, nesta terça-feira (26).
Segundo dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP), no dia 19 de março, o município já registrou até o momento 404 casos de malária na cidade.
No mesmo período do ano anterior, o número de casos registrados chegou a um total de 244 casos, um aumento de 65,57%.
Com o decreto, o governo de Itamarati poderá adquirir insumos e materiais, além da contratação de serviços necessários para atender a situação de emergência, sem a necessidade de licitação.
A medida também cria a Sala de Situação, com o objetivo de monitorar e coordenar as ações administrativas autorizadas através do decreto.
Transmissão e sintomas
A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida através da picada do mosquito Anopholes, infectada com o protozoário Plasmodium.
Entre os sintomas da doença estão: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça (que podem ocorrer de forma cíclica).
Segundo o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, da Fiocruz, entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão o uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e uso de repelentes.
As medidas de prevenção coletiva incluem: borrifação intradomiciliar, uso de mosquiteiros, drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra