“A equoterapia mudou a vida do meu filho”, diz Marlize Pereira, mãe do Luiz Felipe Pereira, de 30 anos. Ele recebe tratamento equoterápico, juntamente com outros 160 pacientes, no Regimento de Policiamento Montando (RPMON).
Atualmente, o núcleo atende pacientes com paralisia cerebral, autismo, hiperatividade, deficiência auditiva, síndromes de Down, de Asperger e de West, entre outras.
O filho da Marlize foi diagnosticado com Cerebelite, autismo com TDAH e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. O paciente recebe tratamento de equoterapia desde 2010. A mãe lembra com orgulho a evolução do filho.
“A equoterapia teve uma importância muito significativa na vida do meu filho. Ele chegou aqui muito debilitado, sem postura e durante seis meses de prática, eu consegui perceber o desenvolvimento dele”, declara Marlize.
No Amazonas, a cavalaria da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) tem contribuído para a reabilitação de pessoas que possuem deficiência. Na unidade são ofertados tratamentos por meio de métodos terapêuticos e educacional com cavalos.
O Tratamento
O Capitão Strieder da PMAM, chefe do serviço de equoterapia, destacou a importância e os ganhos do tratamento para pessoas que possuem alguma deficiência.
“Esse método utilizado é um atendimento individualizado, em um local totalmente diferente do ambiente hospitalar. Ele traz vários benefícios por ser um método terapêutico que utiliza o cavalo como agente promotor de melhorias de nível físico e intelectual, proporcionando ganhos biopsicossociais, para os praticantes da equoterapia’’, afirma o capitão.
Todos os praticantes da equoterapia, antes de iniciar o acompanhamento, são submetidos a uma avaliação com a equipe multiprofissional (psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudióloga, equitadores, equoterapeutas). A partir da conversa, é traçado um plano de atendimento conforme a patologia do paciente.
A psicóloga do Núcleo de Equoterapia, Eulália Campos, explica a importância da equoterapia para o desenvolvimento dos praticantes.
“O tratamento feito com o cavalo, consegue transmitir estímulos cognitivos e motores, assim, possibilitando a mudança de vida dos praticantes. É trabalhada a questão psicomotora dos praticantes e a inclusão social, principalmente, com os autistas, para que seja feito a socialização e interação com a equipe e com o animal”, descreve.
Como participar
O Capitão Strieder explicou que o primeiro passo é procurar um médico (pediatra, ortopedista, neurologista, ou o da especialidade que trata a deficiência ou patologia do pretenso praticante) e solicitar um laudo ou atestado médico que encaminhe o paciente para a prática de equoterapia.
“Somente com a apresentação do laudo ou atestado médico é que o interessado entra na fila de espera. Quanto antes entregar o laudo e deixar registrado o nome na lista, mais cedo será chamado”, informa.
Reconhecimento
Prestes a completar 32 anos de serviço à sociedade, o Núcleo de Equoterapia da Polícia Militar é o único centro do estado do Amazonas filiado à Associação Nacional de Equoterapia (Ande).
Nesses quase 32 anos, mais de 1.200 praticantes, com aproximadamente 20 mil atendimentos equoterapeuticos realizados.
O atendimento é realizado uma vez por semana, com duração aproximada de 30 minutos, envolvendo equinos devidamente adestrados e instrutores que possuem uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação.
* Com informações da Assessoria