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Febre oropouche: AM concentra mais da metade dos casos em todo país

Febre oropouche

Apenas a capital amazonense concentra 868 casos nos cinco meses - Foto: Elena Goosen/istock

O Amazonas registrou, de janeiro a maio de 2024, cerca de 2.947 casos de febre oropouche. O número é mais da metade das incidências da doença contabilizadas em todo o país, que enfrenta uma alta disseminação da enfermidade em inúmeros estados.

Diante do aumento do número de casos de febre oropouche, o Ministério da Saúde, sinalizou, na terça-feira (15), um alerta. Atrás do Amazonas, aparece o estado de Rondônia com 1.528 casos.

Apenas a capital amazonense concentra 868 casos nos cinco meses. Uma pessoa morreu em decorrência da doença na cidade.

Aumento da doença

Além desses estados, foram registrados casos ou estão em investigação na Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná. Os dados foram atualizados até o dia 15 de março e já contabilizam cerca de 5.102 casos.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, alertou para a disseminação da doença para outras regiões do país.

Ela destacou os esforços realizados para implementar a vigilância em relação à febre oropouche.

Também enfatizou sobre o desenvolvimento de orientações clínicas e distribuição testes para a rede de laboratórios centrais.

A faixa etária mais afetada pela febre oropouche no Brasil é entre 20 e 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 10 a 19 anos.

O monitoramento próximo e a compreensão aprofundada dessa nova arbovirose são prioridades do Ministério da Saúde diante do aumento dos casos.

O que é febre oropouche?

A Febre do Oropouche é uma doença provocada por um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por artrópodes, pertencente ao gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.

O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, foram registrados casos esporádicos e surtos da doença no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Além disso, houve relatos de casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.

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