O Amazonas registrou cerca de 673 casos confirmados de hepatite, em 2023. Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Deste total, 436 casos são de hepatite B, 179 de hepatite C, 30 de hepatite A e 28 de hepatite D.
Durante os 12 meses do ano passado, o Amazonas registrou 122 mortes pelos quatro tipos da doença.
Já de janeiro até maio de 2024, o estado contabilizou 103 casos confirmados de hepatite, sendo 68 do tipo B, 31 do tipo C, quatro do tipo A e dois do tipo D. Ao menos 21 pessoas morreram em decorrência da doença este ano.
A FVS também destaca que nos últimos sete anos o Amazonas não possui registros de mortes por hepatite E.
Testagem e vacinação
A testagem pode ser feita na rede pública. A secretária da SES-AM, Nayara Maksoud ressalta a importância da testagem regular contra o vírus da hepatite A e B, principalmente para os que têm acima dos 40 anos.
Também chama a atenção para vacinação. Ambos os serviços stão disponíveis de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A vacina é indicada a partir dos 12 meses. Ainda não existem vacinas que confiram proteção contra os tipos C, D e E.
Causas da hepatite
A doença pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, além de acidentes ocupacionais, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, entre outras.
“Por ser uma doença muitas vezes silenciosa, sem manifestar sintomas, é importante as ações que alertem sobre os perigos que pode causar”, destaca a secretária Nayara Maksoud.
O médico infectologista Paulo Luís Ferreira, da FMT-HVD, destaca que as hepatites são fáceis de serem detectadas, principalmente quando se manifestam com a cor amarelada da pele e dos olhos, que chamamos icterícia.
“Com os exames disponíveis, atualmente, podemos detectar os tipos A, B, C e D da doença, mesmo quando os pacientes estão sem sintomas, até mesmo as do tipo B, C, D que são as que costumam ficar ‘incubadas’ em alguns casos e causar cirrose e câncer de fígado”, afirma o infectologista.
Ele também destaca que os exames disponíveis na rede pública de saúde detectam os quatro tipos da doença.
* Com informações da Assessoria