Após ser internada em estado grave, Íris Trajano, 22 anos, recebeu alta do Hospital Geral de Roraima (HGR), devido à perfuração no intestino, durante uma cirurgia realizada na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. Suposta negligência médica é investigada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Íris Trajano deu entrada na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth no dia 11 de abril e passou por uma cirurgia cesariana.
Cirurgia cesariana resultou em perfuração no intestino; entenda
A cirurgia de Trajano começou às 15h40 e terminou às 17h50.
Na ocasião, horas após o fim da cirurgia cesárea, o esposo de Íris, Cláudio Silva, foi informado de que ela havia passado por uma cirurgia de retirada de um cisto e um ovário, e que ela deveria ficar internada na unidade por sete dias.
“Só me deram informação porque fui procurar os médicos. Disseram que tiraram um cisto e um ovário dela, mas não vimos isso, não nos informaram nada”, relata.
Após sete dias na maternidade, Íris foi liberada para casa, onde novos problemas surgiram.
“Em casa, minha esposa continuou mal, e começou a parte mais triste. Ela passou a fazer as necessidades (fezes) pela vagina, coisa que nunca tinha visto”, completou Cláudio.
Íris foi encaminhada novamente à maternidade, onde passou por uma ultrassonografia vaginal, sendo localizada uma perfuração no intestino.
Desse modo, um médico cirurgião da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth encaminhou a paciente para o Hospital Geral de Roraima.
Já no HGR, os médicos constataram que a paciente deveria realizar uma nova cirurgia de forma imediata, sendo encaminhada logo em seguida.
Mas, durante o procedimento, Íris apresentou baixa pressão, sendo necessária a interrupção da cirurgia, e a paciente sendo levada à Unidade de Terapia Intensiva da unidade.
Sesau investiga suposta negligência médica
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde esclarece que ao tomar ciência do fato, imediatamente determinou a abertura de procedimento para apuração da conduta médica.
O Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento encaminhou o processo à Direção Clínica da unidade hospitalar para avaliação, e, simultaneamente, ao Conselho de Ética Médica do CRM-RR para apurar se houve imperícia ou negligência médica e, assim, adotar as devidas medidas corretivas. Veja a nota na íntegra.