O governo do Rio Grande do Sul confirmou nesta segunda-feira (21) a primeira morte por leptospirose após as chuvas que atingem o estado desde o fim de abril.
Eldo Gross, de 67 anos, da cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari, foi a vítima. A causa da morte foi confirmada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Até agora, o estado já registrou 19 casos confirmados de leptospirose nas últimas semanas. Em Travesseiro, além do óbito, há três casos confirmados: um pai e suas duas filhas, moradores da Linha Cairu.
O estado de saúde dos três é estável, com o homem internado no Hospital Marques de Souza e as filhas sendo acompanhadas pela atenção primária.
Esses novos casos e a morte de Eldo Gross não são os primeiros registros deste ano. A leptospirose é considerada uma doença endêmica no Rio Grande do Sul, com circulação sistemática no ambiente.
Enchentes no Rio Grande do Sul
As chuvas e alagamentos aumentaram a chance de infecção. À medida que as águas baixam, os moradores do Rio Grande do Sul retornam às suas casas e enfrentam os estragos e perdas.
Antes dos temporais, o estado já havia registrado 129 casos e seis mortes por leptospirose em 2024. Em 2023, foram 477 casos e 25 mortes.
Em Travesseiro, uma cidade com pouco mais de 2 mil habitantes, a prefeitura solicitou à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul auxílio com medicação profilática para tratamento de leptospirose.
O pedido, feito na semana passada, ainda não foi atendido devido à dificuldade de acesso à cidade, cujas principais vias foram afetadas pela cheia do Rio Forqueta.
Sintomas da Leptospirose
Os principais sintomas da leptospirose incluem febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente nas panturrilhas) e calafrios.
A Secretaria da Saúde destaca a importância de buscar ajuda médica imediatamente ao surgirem esses sintomas, que geralmente aparecem de cinco a 14 dias após a contaminação.
Em casos de enchentes, pessoas que tiveram contato com alagamentos devem receber medicação imediata se apresentarem sintomas suspeitos.
A partir do sétimo dia do início dos sintomas, unidades de saúde devem coletar amostras para exame no Laboratório Central do Estado (Lacen). A automedicação não é recomendada.