Várias pessoas enfrentam desafios de saúde relacionados à intensa rotina de atividades, que podem ser erroneamente interpretados como preguiça, mas na verdade podem ser sintomas da doença Miastenia Gravis.
Neste ano, a Associação Brasileira de Miastenia (ABRAMI) lançou a campanha “Não confunda Miastenia com preguiça”, a fim de esclarecer as peculiaridades dessa condição autoimune de causa idiopática (não determinada).
A doença interfere na comunicação entre nervos e músculos, e resulta em fraqueza muscular após esforço repetitivo. Ela é mais comum em mulheres.
A campanha alusiva à essa doença rara é destacada em 2 de junho e conta com várias iniciativas de conscientização ao longo do mês.
O que causa a Miastenia?
A Miastenia Gravis pode surgir de duas formas distintas: congênita ou adquirida. Na forma congênita, resultante de um distúrbio hereditário, genes alterados desde o nascimento afetam a junção entre nervos e músculos.
Por outro lado, a Miastenia Gravis adquirida é uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico produz anticorpos que comprometem a transmissão do impulso nervoso nessa junção.
Há indícios, também, de uma conexão entre a Miastenia Gravis e problemas no timo. Uma a cada 10 pessoas diagnosticadas com miastenia gravis apresentam tumores, malignos ou benignos, nesta glândula.
Sintomas e sinais
Os sintomas dessa condição costumam aparecer na fase adulta e variam desde fraqueza muscular repentina até manifestações mais específicas como:
- Fraqueza nos membros e dificuldade para caminhar;
- Fadiga após atividades físicas ou movimentos repetitivos;
- Ptose (pálpebras caídas);
- Visão dupla;
- Fraqueza na musculatura facial;
- Dificuldade na articulação das palavras;
- Voz nasalada;
- Dificuldade para mastigar e engolir; e
- Dificuldade para movimentar o pescoço ou sustentar a cabeça.
Em casos mais severos, os pacientes podem experimentar falta de ar e problemas respiratórios.
Diagnóstico
O diagnóstico da Miastenia Gravis geralmente envolve a avaliação dos sintomas pelo paciente e a realização de testes específicos, como:
- Ressonância magnética ou tomografia computadorizada para investigar possíveis problemas no timo;
- Eletromiografia (EMG) para medir a atividade elétrica dos nervos e músculos;
- Teste da bolsa de gelo para avaliar a ptose; e
- Exames de anticorpos para verificar os níveis de receptores de acetilcolina no sangue.
Tratamento
Embora não tenha cura, a Miastenia Gravis pode ser gerenciada com tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas, como:
- Uso de medicamentos imunossupressores, como corticosteroides, para reduzir a inflamação e a produção excessiva de anticorpos;
- Anticorpos monoclonais administrados por infusão intravenosa para suprimir o sistema imunológico hiperativo;
- Imunoglobulina intravenosa, que envolve infusões de anticorpos para crises miastênicas agudas;
- Plasmaférese, um procedimento para remover anticorpos anormais do sangue; e
- Cirurgia para remoção do timo, que pode melhorar os sintomas, mesmo na ausência de tumores.
Seu ponto de acesso para notícias no Amazonas, Brasília, Acre, Roraima, Tocantins e
Rondônia é o Portal Norte. Informações atualizadas e de confiança.
*Com informações da Assessoria