A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou a morte de um bebê de seis meses por coqueluche em Londrina. Este é o primeiro óbito no país em três anos, conforme o Ministério da Saúde. A morte de um bebê de três meses em Irati, também no estado, é investigada como possível caso de coqueluche.

De janeiro até a primeira quinzena de junho, o Paraná registrou 24 casos de coqueluche, um aumento de 500% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram reportados quatro casos. No total, 2023 teve 17 casos confirmados.

Nos primeiros seis meses de 2024, o aumento significativo de casos de coqueluche na Europa provocou um alerta geral, que poderia ter impactado até mesmo os Jogos Olímpicos de Paris.

Ministra reforça pedido para vacinação

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou na segunda-feira (29) a importância da vacinação contra a coqueluche para grávidas e crianças.

A recomendação surge após a confirmação da morte de um bebê de 6 meses no Paraná, ocorrida na última quinta-feira (25). A ministra destacou que o caso não acende um alerta, mas ressalta a necessidade de manter uma vigilância constante sobre a saúde pública.

“É uma doença prevenível por vacina, então recomendamos fortemente a vacinação. Estaremos acompanhando e trabalhando para evitar novos casos”, orientou.

O que é a coqueluche?

A coqueluche é uma infecção respiratória transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta principalmente o sistema respiratório. A doença está presente em todo o mundo.

Coqueluche em bebês

Bebês de até 6 meses são os mais vulneráveis às formas graves da doença por não terem o esquema vacinal completo. As formas mais graves incluem:

  • infecções de ouvido;
  • pneumonia;
  • parada respiratória;
  • desidratação;
  • convulsão;
  • lesão cerebral e até óbito.

Sintomas e fases

De acordo com o Ministério da Saúde, pode-se classificar os sintomas da coqueluche em três níveis distintos:

  • Estágio inicial: a doença pode ser confundida com um resfriado comum. Os sintomas incluem mal-estar geral, coriza, tosse seca e febre baixa. Durante esse período, que pode durar semanas, há maior risco de transmissão da doença;
  • Estágio intermediário: os acessos de tosse se tornam mais frequentes e persistentes; e
  • Estágio avançado: a tosse se intensifica consideravelmente. A doença pode comprometer a respiração, bem como causar episódios de vômitos e extremo cansaço.

Normalmente, os sintomas da doença persistem por um período de seis a dez semanas e pode se estender por mais tempo. O período de incubação, ou seja, o intervalo entre a infecção e o início dos sintomas, varia de 4 a 21 dias, com uma média de 5 a 10 dias.

Transmissão

A doença é altamente transmissível, propaga-se através de:

  • Espirros;
  • Ao falar; e
  • Contato com uma pessoa contaminada por meio de gotículas de tosse.

Tratamento

O tratamento envolve o uso de antibióticos específicos, que devem ser prescritos por um profissional de saúde.

Prevenção

A vacinação é a principal forma para prevenir a coqueluche e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças até 6 anos, gestantes e profissionais de saúde.

Conhecida como Pentavalente, a vacina protege não apenas contra a coqueluche, mas também contra difteria, tétano, hepatite B e influenza B.

Administra-se o imunizante aos 2, 4 e 15 meses, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade.

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