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Dia do Orgasmo: é possível ejacular sem sentir prazer?

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A ejaculação é a expulsão do esperma, enquanto o orgasmo é a sensação de prazer - Foto: Efes/Pixabay

Ejaculação e orgasmo não são sinônimos, apesar de frequentemente associados, explica o médico Luiz Otavio Torres, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em entrevista à Agência Brasil no Dia Mundial do Orgasmo, celebrado nesta quarta-feira (31).

Segundo Torres, a ejaculação é a expulsão do esperma, enquanto o orgasmo é a sensação de prazer. Normalmente, esses eventos ocorrem juntos nos homens, mas não são dependentes um do outro.

Em algumas culturas, por motivos religiosos, homens desenvolvem técnicas para ter orgasmo sem ejacular, evitando o “desperdício de vidas”.

Outro exemplo é o de homens submetidos a cirurgia de câncer de próstata, que removem a próstata e as vesículas seminais. Embora não produzam mais esperma, continuam a experimentar orgasmos.

“Orgasmo é prazer”

Foto: Valzan/Shutterstock

O uso de medicamentos que causam ejaculação retrógrada, onde o esperma vai para a bexiga em vez de ser expelido, também permite que homens sintam orgasmo sem ejaculação. Isso não apresenta riscos, pois o sêmen é expelido ao urinar.

Esses casos demonstram que a sensação de prazer (orgasmo) pode ocorrer sem a saída do esperma.

“A ejaculação serve para engravidar; o orgasmo é o prazer. Muitos homens confundem os dois fenômenos”, diz Torres.

A psiquiatra Carmita Abdo, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), vê o Dia Mundial do Orgasmo como uma oportunidade para discutir a saúde sexual masculina, frequentemente cercada por mitos e desinformação.

Abdo destaca que, embora o orgasmo e a ejaculação marquem o clímax do ato sexual, fatores emocionais podem impedir sua ocorrência.

Ela explica que o orgasmo é um processo cerebral e, mesmo sem produção de esperma, o prazer pode ser mantido. No entanto, a perda da capacidade de ejacular pode inibir o prazer para alguns homens, interferindo na experiência do orgasmo.

A médica também aborda a ejaculação precoce, uma disfunção sexual que afeta entre 20% e 30% dos homens. Ela descreve casos em que a ejaculação ocorre imediatamente após a penetração ou até antes do início do ato sexual, classificando esses casos como sérios e extremos.

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* Com informações da Agência Brasil

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