O Ministério da Saúde intensifica a investigação de casos de febre do Oropouche em todo o país, com destaque para os estados do Amazonas e Rondônia, onde há um número significativo da doença.
Até 6 de agosto, foram registrados 7.497 casos da infecção em 23 estados brasileiros, sendo a maior parte concentrada no Amazonas e em Rondônia.
O Acre também tem atraído atenção especial após a confirmação de que um recém-nascido, que apresentou malformações congênitas associadas ao vírus, faleceu no início de agosto, aos 47 dias de vida.
No caso do Acre, a mãe do bebê, uma mulher de 33 anos, havia manifestado sintomas como erupções cutâneas e febre no segundo mês de gravidez.
Posteriormente, exames laboratoriais realizados pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, detectaram a presença do vírus Oropouche em vários tecidos do recém-nascido, que nasceu com microcefalia e outras anomalias congênitas.
Embora a ligação direta entre a infecção e as malformações ainda necessite de estudos mais aprofundados, o Ministério da Saúde, em parceria com as autoridades do Acre, segue acompanhando de perto a situação.
Outros casos
Além dos casos no Acre, outras ocorrências estão sob investigação em Pernambuco e Bahia. Nessas localidades, metade dos bebês infectados apresentou anomalias congênitas, enquanto a outra metade não resistiu.
No Ceará, um óbito fetal, ocorrido no último fim de semana, também pode estar ligado à febre do Oropouche. A gestante, de 40 anos e residente de Baturité, foi atendida no município de Capistrano, conforme informou a secretária de Saúde do estado, Tânia Coelho.
A febre do Oropouche, transmitida pelo mosquito maruim (Culicoides paraensis), tem despertado preocupação, especialmente devido ao aumento de casos e à gravidade das consequências da infecção em gestantes.
Prevenção
É aconselhado a adotar medidas preventivas, como a limpeza de quintais, a eliminação de lixo orgânico e o uso de roupas protetoras em áreas de alta infestação de mosquitos.
Até agora, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes relacionadas à febre do Oropouche na Bahia, e um óbito em Santa Catarina está sob investigação. As autoridades sanitárias continuam a monitorar a situação e a reforçar a importância da prevenção para conter a disseminação do vírus.
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* Com informações da Agência Brasil