Um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o Glifosato, o herbicida mais utilizado no Brasil, pode estar associado a um aumento na mortalidade infantil.
Entre 2000 e 2010, período coincidente com a expansão significativa do uso de Glifosato, a taxa de mortalidade infantil aumentou em 5% em regiões próximas às áreas onde o herbicida foi aplicado.
Estima-se que houve cerca de 503 mortes infantis adicionais por ano em locais onde as mães residiam perto dos pontos de aplicação do Glifosato.
Rudi Rocha, pesquisador da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP) e coautor do estudo, destacou que os dados sobre obtidos, ainda podem subestimar o verdadeiro impacto do uso do herbicida.
“A população afetada por esta toxicidade subclínica pode ser muito maior do que a parcela afetada pela exposição direta”, alertou Rocha.
Contaminação e evidências científicas
Embora os efeitos exatos da contaminação por Glifosato ainda não sejam totalmente claros, Rocha enfatizou a importância de mais estudos para informar o debate público. Ele também destacou que, apesar das alegações dos produtores de que o produto é seguro, evidências científicas mostram a presença do Glifosato em águas de rios e córregos, indicando possível contaminação além das áreas diretamente tratadas.
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