Com o aumento das queimadas no Amazonas (AM) e a dispersão da fumaça, as máscaras, que se tornaram comuns durante a pandemia, são agora essenciais para proteger contra a poluição atmosférica. Nesta quarta-feira (28), Manaus registrou o segundo dia consecutivo com fumaça.
Além dos gases tóxicos emitidos pela combustão, a queima de biomassa libera grandes quantidades de material particulado, o que pode irritar as vias respiratórias e agravar doenças respiratórias crônicas.
Com a propagação da fumaça para regiões não diretamente atingidas, o Ministério da Saúde aconselha o uso de máscaras cirúrgicas e PFF2 para proteção.
“Quanto mais perto do foco de calor, maior o número de partículas que pode ser inalado. Para reduzir os efeitos que são muito intensos nas vias respiratórias, recomenda-se o uso de máscaras e bandanas”, afirmou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Agnes Soares, em coletiva.
Ademais, vale destacar que o AM está entre os três estados mais impactados pela fumaça, com cerca de 13 mil focos de incêndio.
Máscaras de proteção x queimadas
O pneumologista Eduardo Algranti, destaca que a inalação de partículas provenientes de queimadas pode causar problemas respiratórios. Portanto, ele recomenda o uso de máscaras de proteção como uma solução viável.
“Tanto as máscaras do tipo PFF como as máscaras de tecido ou cirúrgicas, desde que bem adaptadas ao rosto, protegem contra o material particulado”, explica.
O especialista ressalta que as máscaras PFF proporcionam uma proteção superior, pois filtram uma quantidade maior de partículas e oferecem um melhor ajuste facial.
Máscaras com alto poder de filtragem
Já a pneumologista do Hospital Sírio-Libanês, Elnara Negri, orienta que indivíduos próximos às queimadas e em áreas afetadas pela fumaça devem priorizar o uso de máscaras com alto poder de filtragem.
“As máscaras ajudam a filtrar as partículas maiores e a fuligem proveniente das queimadas, evitando que esses fragmentos entrem nas vias superiores e no pulmão”, ressalta.
A exposição prolongada a essas partículas pode também aumentar o risco de doenças cardiovasculares devido à penetração das substâncias na circulação.
Embora eficazes contra partículas, Algranti observa que as máscaras comuns não protegem contra gases tóxicos. “Contra os gases são necessários outros tipos de máscaras, com mais filtros. Esse material praticamente não está disponível para a população”, esclarece.
Os especialistas aconselham que pessoas com doenças respiratórias, sejam elas agudas ou crônicas, utilizem algum tipo de proteção contra a fumaça das queimadas. Isso ocorre porque essas pessoas são mais vulneráveis aos efeitos nocivos desse tipo de poluição.
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*Com informações do G1