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Fumaça no AM: saiba como cuidar da saúde durante o período

Fumaça das queimadas da Amazônia deve chegar ao RS.

Fumaça das queimadas da Amazônia deve chegar ao RS. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.

Diante do aumento constante da fumaça nos municípios do Amazonas (AM), a adoção de medidas preventivas se torna essencial para preservar a saúde pública. Nesse sentido, o infectologista Noaldo Lucena analisou os principais riscos associados e forneceu orientações para reduzir os impactos na saúde.

Em entrevista, o especialista destacou que a fumaça contém partículas prejudiciais, como metais pesados, que podem provocar sintomas como tosse, dor de cabeça e náuseas quando inaladas. No entanto, os grupos mais vulneráveis são crianças de 4 a 5 anos, idosos com mais de 60 anos e pessoas com doenças crônicas.

“O impacto é maior em pessoas nas extremidades de idade e em quem tem doenças crônicas, que tendem a apresentar, num momento dramático como esse, mais sintomas que as outras,” explicou.

Impactos da exposição à fumaça a longo prazo

Lucena destacou que a exposição contínua à fumaça pode intensificar condições respiratórias, como asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Além disso, esses problemas podem levar a sintomas graves, como:

Para garantir a proteção, o infectologista sugere que as pessoas se mantenham em casa sempre que possível. Quando a saída for necessária, recomenda-se o uso de máscaras adequadas, preferencialmente N95, que oferecem melhor proteção contra partículas finas na fumaça.

“Tem partículas desde 5 μm/m³ (micrómetro por metro cúbico de AR) e assim a boa máscara cirúrgica pode ser utilizada, mas a ideal mesmo é que seja usada a N95 que protege de partículas menores do 5, que são muito perigosas e podem alcançar terminações pulmonares”, orientou.

Cuidados com a saúde em casa

Em ambientes internos, Lucena recomenda manter as janelas fechadas e utilizar umidificadores, se disponíveis, para aprimorar a qualidade do ar.

O especialista também aconselha evitar banhos frequentes com sabão para prevenir o ressecamento da pele e assegurar uma adequada hidratação, com a ingestão diária de 35 a 45 ml de água por quilo de peso corporal.

Para quem já apresenta sintomas como ressecamento na garganta e no nariz, é aconselhada a lavagem com soro fisiológico, e o uso de colírio para os olhos irritados.

Ademais, Lucena destacou a importância de cuidar dos animais de estimação, mantendo-os hidratados com água fresca e, se possível, com gelo para ajudar no resfriamento.

Queimadas no Amazônia

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de janeiro e 26 de agosto de 2024, foram registrados 109.943 focos de incêndio em todo o território nacional, o que representa um aumento de 78% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 61.720 focos.

A distribuição dos incêndios por biomas indica uma situação crítica. A Amazônia é a mais atingida. O maior bioma do país concentra quase metade dos focos de queimadas, com 47% do total.

O estado do Amazonas está entre os três mais impactados pela fumaça, com cerca de 13 mil focos de incêndio.

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*Com informações do G1

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