A exposição à fumaça, especialmente aquela proveniente de queimadas e poluição, está se tornando uma preocupação crescente em várias regiões do mundo.
Os efeitos da fumaça sobre a saúde podem variar de sintomas leves, como irritação na garganta, até condições graves, como problemas respiratórios severos e intoxicação.
Saber quando procurar ajuda médica é essencial para evitar complicações.
Principais efeitos da fumaça no organismo
De acordo com especialistas em pneumologia, a fumaça gerada por queimadas contém uma mistura de partículas finas e gases tóxicos.
Entre eles o material particulado (PM2.5), monóxido de carbono (CO) e compostos orgânicos voláteis (COVs).
Esses componentes, quando inalados, podem penetrar profundamente nos pulmões e, em longo prazo, causar danos à saúde.
Os efeitos da fumaça podem variar dependendo do tempo de exposição, da concentração de poluentes e da sensibilidade de cada indivíduo.
Os sintomas mais comuns incluem tosse, coriza, cansaço, falta de ar e irritação na garganta e nos olhos. No entanto, em casos mais graves, os efeitos da fumaça podem levar a crises respiratórias.
Sintomas que indicam a necessidade de atendimento médico
Embora muitos sintomas provocados pelos efeitos da fumaça possam ser tratados em casa, como a irritação nasal e ocular, outros exigem mais atenção.
Os pneumologistas dividem os sinais em duas categorias: sintomas iniciais e sintomas graves.
Sintomas iniciais:
- Tosse persistente;
- Irritação nos olhos, nariz e garganta;
- Alergias na pele;
- Secreção nasal;
- Falta de ar leve.
Esses sintomas costumam ser passageiros e podem ser aliviados com medidas simples, como uso de soro fisiológico, hidratação e evitar locais com concentração de fumaça.
No entanto, se persistirem ou se agravarem, pode ser necessário procurar um médico.
Sintomas graves:
- Dificuldade intensa para respirar;
- Dores de cabeça frequentes;
- Náuseas e vômitos;
- Confusão mental;
- Crises de chiado no peito;
- Tontura.
Esses sinais indicam que os efeitos da fumaça podem ter causado problemas mais sérios, como intoxicação ou inflamações severas nas vias respiratórias.
Segundo o Ministério da Saúde, é fundamental buscar atendimento médico imediato se esses sintomas forem observados, pois podem levar a complicações mais graves, como pneumonia ou até mesmo coma.
Grupos de risco e cuidados especiais
Algumas pessoas são mais vulneráveis aos efeitos da fumaça, como crianças, idosos, gestantes e indivíduos com doenças respiratórias preexistentes, como asma.
Nesses grupos, os sintomas podem aparecer de forma mais intensa e rápida, aumentando o risco de complicações.
Os especialistas recomendam que pessoas pertencentes ao grupo de risco redobrem os cuidados. As medidas incluem:
- Evitar exposição a locais com alta concentração de fumaça;
- Manter o tratamento regular com medicamentos prescritos, como bombinhas de inalação;
- Utilizar umidificadores ou toalhas molhadas para melhorar a qualidade do ar dentro de casa;
- Usar máscaras respiratórias adequadas, como as do tipo N95, PFF2 ou P100, para minimizar a inalação de partículas finas.
Medidas preventivas para reduzir os efeitos da fumaça
Para a população geral, os especialistas em saúde também recomendam algumas precauções para minimizar os efeitos da fumaça e evitar o agravamento dos sintomas:
- Aumentar a ingestão de líquidos, como água, para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas;
- Reduzir ao máximo o tempo de exposição à poluição, preferindo ficar em ambientes fechados e bem ventilados;
- Fechar portas e janelas em horários de maior concentração de partículas no ar;
- Evitar atividades físicas em locais abertos durante os horários mais críticos, geralmente entre 12 e 16 horas, quando os níveis de poluição e ozônio são mais altos.
Essas práticas simples podem ajudar a reduzir significativamente os efeitos da fumaça, protegendo tanto as vias respiratórias quanto a saúde geral.
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