O desembargador Jansen Fialho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), determinou, nesta terça-feira (24), o bloqueio de R$ 3,6 milhões do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF).

O valor é uma multa pelo descumprimento de uma decisão judicial que proibiu a greve da categoria.

Segundo o magistrado, o sindicato agiu de forma “consciente e voluntária” ao manter a paralisação, ignorando a ordem judicial.

A greve dos médicos foi proibida em agosto, mas a categoria continuou com a paralisação, resultando em uma multa de R$ 200 mil por dia.

O Governo do Distrito Federal (GDF) informou que a greve já dura 24 dias, prejudicando o atendimento à saúde da população.

Em resposta, solicitou o bloqueio das contas do SindMédico-DF, que foi acatado pelo desembargador.

Jansen Fialho afirmou que a atitude do representante legal do sindicato poderia ser enquadrada como crime de desobediência, ressaltando que os oficiais de Justiça não conseguiram localizar os diretores da entidade.

Situação da greve

A greve dos médicos começou em 3 de setembro, com reivindicações por recomposição da força de trabalho, realização de concursos e aumento salarial.

A categoria suspendeu a paralisação na sexta-feira (20), mas manteve o estado de greve.

O governador Ibaneis Rocha criticou as demandas dos médicos, afirmando que elas ultrapassam R$ 600 milhões, um valor que o governo não pode arcar.

Reivindicações dos médicos

Os médicos da rede pública de saúde do DF pedem a realização de concursos para preencher vagas disponíveis.

Eles também desejam que os candidatos mais bem classificados possam escolher onde trabalhar. Outras solicitações incluem:

  • Reformulação do plano de carreira e melhorias salariais.
  • Contratação de motoristas para as equipes de Saúde da Família e Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
  • Aquisição de equipamentos para procedimentos urgentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
  • Atualização de sistemas eletrônicos para agilizar atendimentos.

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