A síndrome de Fournier, também chamada de gangrena sinérgica, é uma infecção rara e grave que atinge a região perineal, entre o ânus e os órgãos genitais.
Essa condição compromete os tecidos moles da área afetada, levando a uma necrose, causada pela proliferação de bactérias.
A doença pode levar à trombose dos vasos locais, resultando em danos severos ao tecido. Por isso, é crucial identificar os sintomas e buscar tratamento rapidamente.
Como prevenir a síndrome de Fournier?
A principal forma de prevenção é manter uma higiene rigorosa da região genital, o que reduz o risco de infecções bacterianas. Evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar também ajuda, pois esses alimentos podem aumentar a proliferação de bactérias.
Além disso, é importante controlar doenças crônicas, como diabetes, e evitar o uso de álcool e drogas, que são fatores que podem agravar a infecção.
Realizar exames de imagem regularmente pode auxiliar no diagnóstico precoce.
Causas da síndrome de Fournier
A infecção é provocada por bactérias que entram no organismo por algum ponto de entrada, como feridas ou pequenas lesões no períneo. Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, têm maior risco de desenvolver a síndrome.
As principais bactérias associadas à síndrome de Fournier são:
- Staphylococcus aureus;
- Escherichia coli;
- Proteus mirabilis;
- Streptococcus sp;
- Enterococcus;
- Pseudomonas spp.
Essas bactérias causam inflamação intensa, destruindo as células dos tecidos da região perineal.
Tratamento
O tratamento envolve a remoção do tecido necrosado, geralmente por meio de cirurgia, e o uso de antibióticos para combater a infecção.
Em casos mais severos, pode ser necessária a reconstrução da região afetada. Entre os antibióticos mais comuns usados no tratamento estão a Vancomicina, Penicilina, Clindamicina e Metronidazol, administrados por via oral ou venosa.
Outra opção terapêutica é a oxigenoterapia hiperbárica. Esse tratamento consiste em submeter o paciente à inalação de oxigênio puro sob alta pressão, o que ajuda a combater infecções e melhorar a cicatrização das áreas afetadas.
Nos casos mais graves, pode ser necessário realizar uma colostomia. Esse procedimento visa evitar a contaminação do períneo por excreções, permitindo uma recuperação mais eficiente.
Fontes: Magnus, Rede D’or São Luiz e Vale Saúde.