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Anvisa proíbe implantes de hormônios chamados de “chip da beleza”

Avisa anunciou a proibição do chip da beleza, o implante de hormônios. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Avisa anunciou a proibição do chip da beleza, o implante de hormônios. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, na sexta-feira (18), a proibição do uso de hormônios manipulados em implantes estéticos, conhecidos popularmente como chips da beleza, no Brasil. A medida vem após alertas de sociedades médicas sobre os riscos graves à saúde, como infarto, AVC e outros problemas sérios, associados a essa prática.

Os implantes de hormônios manipulados geralmente são utilizados por pessoas que buscam fins estéticos, como emagrecimento e aumento de massa muscular. Contudo, a Anvisa suspendeu não apenas o uso desses chips da beleza, mas também a manipulação, comercialização e propaganda desses produtos no país.

Entre os hormônios mais frequentemente utilizados, destacam-se a gestrinona, testosterona e oxandrolona, substâncias controladas que fazem parte da lista de anabolizantes (C5).

Além disso, o alerta formal emitido pela agência destaca os perigos à saúde relacionados ao uso desses hormônios. Segundo a Anvisa, os chips da beleza “podem ser prejudiciais à saúde, sem comprovação de segurança e eficácia para fins estéticos”.

Esses implantes não passaram por avaliação da Anvisa, e não há produtos semelhantes devidamente registrados para os objetivos estéticos indicados, segundo a agência. Além disso, o uso de hormônios manipulados pode aumentar significativamente os riscos de efeitos adversos graves.

Complicações de saúde causadas pelo chip da beleza

Em dezembro de 2023, várias sociedades médicas já haviam alertado sobre os perigos do uso dos chips da beleza, destacando os potenciais riscos à saúde. Este ano, a prática foi investigada por estar possivelmente relacionada a 257 complicações de saúde e duas mortes no Brasil, o que aumentou ainda mais as preocupações em torno do uso desses produtos.

Para os pacientes que já fazem uso dos chips, a Anvisa recomenda que procurem imediatamente médicos para orientação sobre o tratamento e possíveis efeitos adversos. Além disso, a agência orienta que qualquer reação adversa seja comunicada por meio deste link de notificação.

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