A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, na sexta-feira (18), a proibição da comercialização, publicidade e uso de implantes hormonais manipulados, conhecidos como chips da beleza.
Os chips da beleza são compostos por hormônios manipulados, como gestrinona, testosterona e oxandrolona, substâncias que a Anvisa classifica como anabolizantes. Por isso, esses implantes têm sido utilizados com a promessa de aumentar a massa muscular, reduzir gordura corporal, melhorar a libido, além de serem indicados no tratamento de sintomas da menopausa e fadiga.
Apesar do nome “chip da beleza”, o produto não possui nenhum componente eletrônico. O implante tem de 3 a 5 centímetros, é feito de silicone e, geralmente, é inserido no braço ou no glúteo da paciente.
Como Funciona o chip da beleza?
O chip da beleza possui paredes porosas que permitem a liberação gradual dos hormônios no organismo. Além disso, o implante faz seu trabalho sem necessidade de manutenção, sendo removido apenas quando atinge o fim do período de ação determinado pelo médico.
Quais os riscos?
Embora ofereça algumas vantagens, o uso de implantes hormonais pode resultar em uma série de efeitos colaterais, que incluem:
- Virilização: aumento de pelos corporais, pele oleosa, queda de cabelo, mudança de voz e clitomegalia (aumento do clitóris).
- Resistência à insulina e hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue).
- Aumento do risco de trombose, embora em menor escala do que outros métodos hormonais.
- Alterações psicológicas: ansiedade, agressividade, dependência e até depressão.
Os efeitos colaterais podem ser agravados pela falta de controle rigoroso da dosagem, já que o conteúdo hormonal dos chips é customizável e pode variar conforme a necessidade da paciente. Não existe garantia de que a dosagem seja precisa para cada pessoa, o que aumenta o risco de subdosagem ou superdosagem.