Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que a dengue causou mais mortes do que a Covid-19 em 2024. Até o dia 16 de outubro, o Painel de Monitoramento de Arboviroses registrou 5.618 óbitos devido à dengue, em contraste com 4.988 mortes atribuídas à Covid-19.
Os números também indicam que identificaram 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, enquanto a Covid-19 contabilizou 742,6 mil casos.
Os estados mais afetados incluem Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e Goiás, que juntos representam 87,7% dos registros de dengue.
Além disso, um relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), publicado em 7 de outubro, destaca um aumento de 432% nos casos de dengue em comparação com os últimos cinco anos.
A Opas recomenda que os governos intensifiquem ações de vigilância, triagem, diagnóstico e manejo oportuno, especialmente com a chegada do verão.
Diante desse panorama alarmante, a Fiocruz está buscando parcerias para desenvolver uma vacina nacional contra a dengue, chamada Qdenga, em colaboração com o laboratório japonês Takeda.
Por fim, neste mês, o Amazonas confirmou o primeiro caso de dengue tipo 3 em 15 anos.
Dengue e Covid-19
A dengue é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. A manifestação da doença pode variar entre formas leves e graves, influenciada por diversos fatores. A dengue é prevalente em regiões tropicais e subtropicais, onde a presença do mosquito Aedes aegypti é mais intensa.
A principal estratégia de prevenção consiste em eliminar os criadouros de água. Os ovos do mosquito podem permanecer viáveis por até um ano.
Por outro lado, a Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que se destaca por sua alta transmissibilidade e gravidade potencial.
O SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019. A detecção ocorreu em amostras de lavado broncoalveolar de pacientes com pneumonia de origem desconhecida.
Os casos foram registrados na cidade de Wuhan, na província de Hubei, China. O vírus pertence ao subgênero Sarbecovírus, que faz parte da família Coronaviridae.
Por fim, o vírus é o sétimo coronavírus conhecido a infectar humanos, contribuindo para a disseminação global da doença.