Ícone do site Portal Norte

Hematoma no cérebro: por que não pode viajar de avião?

hematoma cerebral-capa

A menção à "região occipital" no boletim médico se refere à parte posterior do crânio, próxima à nuca e ao pescoço - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Viajar de avião pode ser uma atividade cotidiana para muitos, mas em casos de lesões cerebrais, como um hematoma no cérebro, a recomendação médica é de evitar esse tipo de deslocamento. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou uma viagem à Rússia após sofrer uma queda e desenvolver um pequeno hematoma no cérebro, e essa situação levanta a questão: por que é perigoso viajar de avião com essa condição?

O que é um hematoma no cérebro?

Um hematoma no cérebro ocorre quando há um acúmulo de sangue fora dos vasos sanguíneos dentro da cabeça, geralmente como resultado de uma lesão ou trauma. No caso de Lula, o hematoma no cérebro foi causado por uma queda, o que é comum, especialmente em pessoas mais velhas. Esses hematomas podem variar em gravidade, desde pequenos pontos de sangramento até casos mais sérios que podem exigir cirurgia.

O perigo de um hematoma no cérebro está no fato de que, mesmo pequenos, esses sangramentos podem aumentar ao longo do tempo. Esse acúmulo de sangue pode pressionar o tecido cerebral, levando a uma série de complicações, como dores de cabeça, perda de força, dificuldades de fala e até mesmo perda de consciência.

Por que é arriscado viajar de avião com um hematoma no cérebro?

Viajar de avião pode parecer uma atividade tranquila, mas para quem sofreu um trauma craniano, como um hematoma no cérebro, há vários riscos envolvidos. O principal motivo, de acordo com especialistas, é que a movimentação e a pressurização da cabine podem agravar a lesão.

Além disso, voos longos ou viagens com muitas trepidações podem causar movimentos repentinos da cabeça, agravando a condição do paciente. Essa é uma das razões pelas quais pacientes com hematoma no cérebro são orientados a evitar viagens de avião logo após a lesão.

A pressão dentro do avião é um fator preocupante

Outro aspecto que agrava a situação é a pressurização da cabine do avião. Durante o voo, há uma alteração na pressão atmosférica, e essa mudança pode afetar as pressões intracranianas.

Essas mudanças na pressão podem piorar o quadro do paciente, levando ao aumento do sangramento ou ao desenvolvimento de novos sintomas. Por isso, a recomendação é evitar voos até que os médicos possam garantir que o hematoma no cérebro está completamente estabilizado.

O tempo de recuperação é fundamental

Quando um paciente sofre uma lesão como um hematoma no cérebro, o tempo de recuperação varia de acordo com a gravidade do caso. Normalmente, são realizadas tomografias regulares após o trauma para monitorar o estado do sangramento. Se dentro de algumas semanas o sangramento estiver estabilizado, o paciente pode retomar suas atividades normais, incluindo viagens de avião.

No caso de Lula, os médicos realizaram uma nova tomografia 24 horas após a lesão, e outra será feita dentro de uma semana. Durante esse período, o repouso é essencial para garantir que não haja agravamento do hematoma no cérebro. Situações que possam elevar a pressão arterial, como o estresse físico ou emocional, devem ser evitadas.

Quando é seguro voltar a viajar?

A segurança para retomar viagens de avião depende de uma avaliação cuidadosa dos médicos. Geralmente, após um trauma como um hematoma no cérebro, os pacientes precisam passar por exames periódicos para garantir que não há risco de agravamento do quadro.

O período crítico é nas primeiras semanas após a lesão. Se o hematoma no cérebro estiver estabilizado e o paciente não apresentar novos sintomas, como dores de cabeça intensas ou dificuldades motoras, ele pode ser liberado para viajar. No entanto, é fundamental seguir todas as orientações médicas e respeitar o tempo de recuperação.

Sair da versão mobile