Recentemente, o McDonald’s suspendeu a venda do sanduíche “Quarterão” em alguns estados dos Estados Unidos devido à suspeita de contaminação por bactéria. O caso gerou grande preocupação, principalmente após uma morte e a hospitalização de dez pessoas no país.
A bactéria responsável pela infecção é a Escherichia coli (E. coli), que, embora seja comum no intestino humano, algumas de suas cepas podem causar sérios problemas de saúde, como infecções graves e até insuficiência renal.
O que é a E. coli e como ela causa infecção?
A Escherichia coli, ou E. coli, é uma bactéria que vive naturalmente no intestino de humanos e animais. A maioria das cepas é inofensiva e desempenha um papel importante no sistema digestivo.
No entanto, algumas variedades podem provocar doenças, como diarreia severa, vômitos, cólicas abdominais e, em casos mais graves, insuficiência renal e morte.
A contaminação com a bactéria ocorre, geralmente, devido à ingestão de alimentos que entraram em contato com fezes de animais, ou pela utilização de água contaminada no preparo dos alimentos.
Os sintomas de infecção por E. coli podem surgir até nove dias após o consumo do alimento contaminado. Entre os sinais mais comuns estão dor abdominal, vômito, febre e diarreia, que em alguns casos pode conter sangue.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a maioria dos pacientes se recupera sem complicações, mas pessoas mais vulneráveis, como crianças e idosos, podem ter quadros agravados que levam a problemas de saúde permanentes ou até a morte.
O que se sabe sobre a contaminação no McDonald’s?
Ainda não foi confirmada qual parte do sanduíche estava contaminada pela bactéria encontrada em sanduíche. Como medida de precaução, o McDonald’s suspendeu o uso de cebolas frescas e carne bovina em algumas regiões dos EUA.
A suspeita inicial recai sobre as cebolas, mas investigações ainda estão em andamento para identificar a verdadeira causa da contaminação. A rede de fast food, em um esforço para preservar a segurança dos clientes, decidiu tirar temporariamente o sanduíche “Quarterão” do cardápio em algumas localidades.
Até o momento, não há registros de problemas semelhantes no Brasil, mas o alerta serve de lembrete sobre a importância de cuidados na manipulação e preparo de alimentos.
Alimentos de risco para contaminação por E. coli
Diversos tipos de alimentos são suscetíveis à contaminação por E. coli, especialmente aqueles de origem animal e que não passaram por um processo adequado de cozimento ou higienização.
Entre os mais comuns estão carne crua de boi, leite não pasteurizado, queijos, aves e vegetais folhosos, como alface e espinafre. Além disso, brotos, que são amplamente consumidos em saladas, também apresentam alto risco se não forem devidamente lavados.
A contaminação pela bactéria pode ocorrer durante o manuseio inadequado dos alimentos, o que inclui falhas no processo de higienização, manipulação em superfícies sujas ou o uso de água contaminada para lavar ingredientes.
Por isso, é fundamental garantir que alimentos crus, como carnes e vegetais, sejam corretamente preparados e cozidos a temperaturas que eliminem qualquer bactéria nociva.
Como prevenir a infecção por E. coli?
A FDA (Food and Drug Administration), agência de saúde dos Estados Unidos, fornece orientações para reduzir o risco de contaminação por E. coli e evitar a propagação da bactéria e em outros alimentos. As principais recomendações incluem:
- Lavar as mãos com água e sabão antes e após manusear alimentos crus;
- Higienizar cuidadosamente superfícies que entram em contato com alimentos, como tábuas de corte, bancadas e utensílios;
- Garantir que carnes sejam bem cozidas, atingindo a temperatura ideal para eliminar possíveis bactérias;
- Evitar a contaminação cruzada, separando alimentos crus de cozidos e limpando regularmente recipientes utilizados para alimentação de animais de estimação.
Além disso, é importante ficar atento à procedência dos alimentos, especialmente quando se trata de ingredientes crus, como cebolas e carnes, que são comumente utilizados em fast foods.
Certifique-se de que os produtos estejam dentro do prazo de validade e que sejam armazenados de maneira correta para evitar o crescimento de bactérias nocivas.