O deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy, de 83 anos, anunciou nas redes sociais, na última segunda-feira (28), que foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin em julho deste ano.
Essa revelação trouxe à tona um tema importante e muitas vezes pouco compreendido: o linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático e que pode ter consequências significativas na vida dos pacientes.
O que é Linfoma Não-Hodgkin?
O linfoma não-Hodgkin é um grupo de mais de 40 tipos diferentes de câncer que se originam no sistema linfático, uma rede de vasos que transporta líquidos e células do sistema imunológico pelo corpo. O sistema linfático é crucial para a defesa do organismo, uma vez que inclui linfonodos e o baço.
Diferentemente do linfoma de Hodgkin, que possui características específicas e é mais facilmente tratável, o que acomete Suplicy pode começar em qualquer parte do corpo e se espalha de maneira desordenada. O diagnóstico muitas vezes ocorre em estágios avançados, dificultando o tratamento.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas podem variar amplamente, mas incluem inchaço nos linfonodos, febre, sudorese noturna, perda de peso inexplicada e fadiga. O diagnóstico é feito através de exames de imagem, como tomografias, e biópsias, que confirmam a presença de células cancerígenas.
Infelizmente, a maioria dos casos é diagnosticada em pessoas com idade entre 50 e 70 anos, e a incidência desse câncer aumenta com a idade.
Diferenças
A principal diferença entre os dois tipos de linfoma reside na forma como as células cancerígenas se espalham pelo corpo. Enquanto o linfoma de Hodgkin se dissemina de maneira organizada e segue padrões específicos, o linfoma não-Hodgkin apresenta um comportamento mais errático.
O patologista Thomas Hodgkin, que descreveu o primeiro tipo, deixou de fora uma série de linfomas, os quais passaram a ser classificados como linfomas não Hodgkin.
Tratamento
O tratamento do linfoma não-Hodgkin geralmente envolve quimioterapia e imunoterapia. Eduardo Suplicy está atualmente em um ciclo de tratamento imunoquimioterápico, tendo recebido quatro das seis aplicações necessárias.
A imunoterapia, que está disponível tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede suplementar, pode ser uma opção eficaz para muitos pacientes. Em alguns casos, células T modificadas geneticamente podem ser usadas, embora esse tratamento não esteja disponível na rede pública.
O acompanhamento médico contínuo é fundamental para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar as terapias conforme necessário.