A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) atualizou os dados sobre vírus respiratórios no Estado, conforme o Informe Epidemiológico divulgado na última segunda-feira (28).
O relatório contabilizou 63 óbitos relacionados a vírus respiratórios até 26 de outubro, o que representa um aumento de três casos em relação à semana anterior.
Além disso, entre 1º de janeiro e 26 de outubro, foram notificados 3.896 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Amazonas, com 109 casos registrados nas últimas três semanas (06/10 a 26/10).
Dentre os casos totais de SRAG, 1.604 foram atribuídos a vírus respiratórios, sendo 16 deles diagnosticados nas últimas três semanas.
A análise das últimas semanas revelou que as crianças entre 1 e 4 anos foram as mais afetadas, com 31,3% dos casos. Por outro lado, as faixas etárias de 5 a 9 anos e menores de 1 ano também apresentaram altas taxas de incidência, com 25% cada.
Contudo, foram registrados casos em pessoas com 60 anos ou mais (12,5%) e na faixa de 40 a 59 anos (6,3%). Ademais, os principais vírus respiratórios identificados em amostras laboratoriais durante o período foram o Rinovírus (24,6%) e o Adenovírus (5,5%).
Por fim, os casos da doença começaram a aumentar em julho deste ano.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
A SRAG ocorre quando uma infecção respiratória causa grande dificuldade respiratória e danos aos alvéolos, que são os sacos de ar nos pulmões onde ocorre a troca gasosa.
Frequentemente, associam o vírus à presença de pneumonia.
Fatores de risco
As causas podem ser vírus respiratórios, dentre os quais predominam:
- Influenza do tipo A e B;
- Vírus Sincicial Respiratório;
- SARS-COV-2;
- Bactérias;
- Fungos; e
- Outros agentes.
Sintomas de SRAG
Os sintomas da complicação incluem:
- Dificuldade para respirar;
- Sensação de peso no peito;
- Lábios arroxeados;
- Febre; e
- Perda de apetite.
Os profissionais de saúde baseiam o diagnóstico na avaliação dos sintomas, nos exames de imagem dos pulmões, bem como na baixa saturação de oxigênio no sangue.
Tratamento
Entre os tratamentos disponíveis, incluem-se:
- A possibilidade de suplementação de oxigênio através de diferentes equipamentos; e
- Sessões de fisioterapia respiratória.
Em contrapartida, outras intervenções são determinadas pela causa subjacente da condição e podem envolver o uso de antivirais ou outros medicamentos específicos.
Prevenção
No entanto, para evitar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Amazonas, a FVS-RCP sugere a implementação de medidas não medicamentosas, bem como:
- Uso de máscaras de proteção respiratória;
- Manter as mãos limpas;
- Seguir a etiqueta respiratória; e
- Vacinação contra a covid-19 e a influenza.