A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral altamente contagiosa, causada por um vírus que afeta o sistema nervoso e pode provocar paralisia irreversível.

No Brasil, a poliomielite foi erradicada em 1990, graças aos programas de vacinação, mas ela ainda é uma ameaça em países como Afeganistão e Paquistão, onde a doença permanece endêmica. Neste artigo, vamos entender o que é a poliomielite, seus sintomas, as possíveis sequelas e como evitá-la.

O que é a Poliomielite?

A poliomielite é uma infecção que pode afetar tanto crianças quanto adultos, embora seja mais comum em menores de cinco anos.

A doença é transmitida principalmente por ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pelo contato com superfícies infectadas pelo vírus e, em seguida, o contato com a boca.

Esse vírus ataca o sistema nervoso, causando desde sintomas leves até formas graves que podem levar à paralisia permanente e até à morte.

No Brasil e em outras regiões das Américas, a poliomielite está controlada devido aos programas de vacinação, mas, com a globalização, existe sempre o risco de reintrodução do vírus em áreas onde a cobertura vacinal é baixa. Por isso, é essencial manter a vacinação em dia.

Sintomas da Poliomielite

A maioria das pessoas infectadas pelo vírus da poliomielite não apresenta sintomas evidentes, mas, em cerca de 1% dos casos, a infecção evolui para a forma paralítica. Os sintomas iniciais podem ser confundidos com outras doenças virais, mas, na maioria das vezes, incluem:

  • Febre
  • Mal-estar
  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo
  • Vômitos e diarreia
  • Rigidez no pescoço
  • Espasmos musculares
  • Meningite

Nos casos mais graves, a poliomielite pode atacar os músculos, especialmente nos membros inferiores, causando paralisia. A paralisia pode ser temporária ou permanente, dependendo da gravidade da infecção e do acesso ao tratamento.

Sequelas da Poliomielite

As sequelas da poliomielite variam conforme a intensidade e a área do sistema nervoso que foi afetada pelo vírus. Entre as sequelas mais comuns estão:

  • Paralisia dos membros inferiores, que pode ser permanente
  • Dificuldades nas articulações, levando ao pé torto (pé equino)
  • Dificuldades para andar e escoliose
  • Atrofia muscular
  • Hipersensibilidade ao toque

O tratamento para quem tem sequelas de poliomielite geralmente envolve fisioterapia para fortalecer os músculos e melhorar a mobilidade. Em alguns casos, medicamentos para controle da dor e tratamento das complicações articulares são indicados.

Embora não exista cura para a doença, os tratamentos podem melhorar a qualidade de vida e proporcionar mais conforto aos afetados.

Como prevenir a Poliomielite?

A prevenção da poliomielite é simples e eficaz: a vacinação. No Brasil, o calendário nacional de vacinação inclui a vacina inativada contra a poliomielite (VIP), que é aplicada em doses injetáveis, e substituiu a tradicional vacina oral, as famosas “gotinhas”.

O esquema vacinal atualizado é o seguinte:

  • Primeira dose aos 2 meses de idade
  • Segunda dose aos 4 meses
  • Terceira dose aos 6 meses
  • Reforço com a vacina inativada (VIP) aos 15 meses

Essa mudança no esquema vacinal, promovida pelo Ministério da Saúde, visa aumentar a segurança e a eficácia da vacina. Estudos científicos e recomendações internacionais indicam que a vacina injetável oferece uma proteção mais completa contra o vírus da poliomielite.

A Importância da vacinação

A vacinação é a única forma de garantir que a poliomielite permaneça controlada no Brasil. Com a imunização em dia, evita-se o risco de reintrodução do vírus, protegendo novas gerações das graves consequências da doença.

Manter as crianças vacinadas conforme o calendário oficial é essencial para prevenir surtos e proteger a sociedade como um todo.

Embora a poliomielite esteja erradicada em muitas partes do mundo, a ameaça de sua reintrodução sempre existe. Por isso, a conscientização sobre a importância da vacina e o cumprimento do calendário vacinal são cruciais.

Mesmo em locais onde a doença está erradicada, uma população não vacinada é vulnerável à volta do vírus, que pode se espalhar rapidamente.