A influenciadora Maíra Cardi, de 41 anos, revelou que será submetida a uma cirurgia para remover polimetilmetacrilato (PMMA) de seu rosto, após o corpo ter rejeitado a substância.

Ela explicou, em vídeo, que realizou a aplicação sem conhecer os riscos envolvidos. Isso resultou em inchaço frequente e complicações no tratamento, as quais a impedem, inclusive, de engravidar. “O meu corpo rejeitou”, contou Maíra, ao descrever o endurecimento na área do rosto causado pelo PMMA.

A influenciadora mencionou o procedimento após internautas especularem sobre a possível gravidez dela, devido ao inchaço visível em suas fotos. Maíra Cardi explicou que, devido à natureza não reabsorvível do PMMA, será necessária uma cirurgia para corrigir o problema.

“Isso faz com que você vá perdendo a circulação e necrosando. É muito irresponsável dos profissionais fazer esse procedimento. Por conta disso, não posso fazer nada. Há muitos anos, meu dermatologista não coloca nada no meu rosto. Vou ter que fazer uma cirurgia e arrancar um pedaço da bochecha, porque está gravíssimo”, disse ela.

O PMMA já causou problemas para outras celebridades, como Andressa Urach e Carol Marra. Em julho de 2024, a influenciadora Aline Maria Ferreira faleceu após submeter-se a uma aplicação da substância em uma clínica de Goiânia para aumentar os glúteos.

O que é o PMMA?

O polimetilmetacrilato (PMMA) é um plástico utilizado em diversas áreas da saúde e outros setores, como lentes de contato, implantes esofágicos e cimento ortopédico, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Quando utilizado para preenchimento cutâneo, apenas profissionais devem administrá-lo, já que a Anvisa classificou a substância como de risco máximo (classe IV).

O PMMA compõe-se de microesferas em gel e não se reabsorve pelo corpo. Isso o torna inadequado para aumentar o volume estético ou para grandes áreas. Além disso, é indicado apenas para corrigir irregularidades ou depressões.

Alerta sobre a substância

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) destacou os principais tratamentos estéticos feitos no Brasil por profissionais não médicos. Esses tratamentos podem resultar em complicações graves, bem como riscos à vida dos pacientes.

O levantamento abrange a aplicação de PMMA no rosto, o uso de ácido hialurônico para rinomodelação, a lipoenzimática para eliminar gordura localizada em várias partes do corpo, o peeling de fenol para combater rugas e flacidez, e a aplicação de luz intensa pulsada no tratamento do melanoma.

Conforme a SBD, dentistas, biomédicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, enfermeiros e outros profissionais frequentemente realizam os procedimentos, apesar de não terem autorização legal para intervenções invasivas.

Neste ano, durante o I Fórum de Defesa do Ato Médico, a entidade apresentou um documento em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

O documento lista procedimentos estéticos considerados invasivos, os quais devem ser exclusivamente realizados por médicos.