O Distrito Federal (DF) é pioneiro no Brasil no modelo de notificação obrigatória de câncer, o que tem atraído a atenção de outros estados interessados em adotar o sistema.
Recentemente, uma equipe técnica da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa-RO) de Rondônia visitou o DF para conhecer o sistema de vigilância oncológica desenvolvido pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
A visita aconteceu na sexta-feira (8) e incluiu uma passagem pelo Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde os profissionais puderam observar de perto o funcionamento do modelo.
Modelo de sucesso no controle do câncer
“Ser referência na notificação compulsória de câncer é uma grande conquista para o DF”, destacou Gustavo Ribas, chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da SES-DF.
Ele reforçou a importância da coleta e armazenamento adequados de dados, afirmando que isso qualifica os serviços de saúde, gera conhecimento científico e permite a criação de instrumentos de divulgação mais eficazes.
Durante a visita, a equipe de Rondônia participou de uma programação técnica elaborada pela SES-DF entre os dias 4 e 8 de novembro.
As atividades incluíram apresentações sobre o Registro de Câncer de Base Populacional do DF (RCBP-DF), além de orientações sobre a notificação compulsória e práticas de monitoramento dos registros hospitalares de câncer (RHCs).
A equipe também acompanhou a rotina de visitas técnicas de monitoramento realizadas pela SES-DF e observou o tratamento das notificações na rede privada de saúde.
Avanços significativos no registro de câncer
Segundo a SES-DF, desde a implementação da portaria nº 180/2019, a SES-DF tem registrado avanços consideráveis na notificação de casos de câncer.
Em 2019, foram registradas 10,7 mil ocorrências na rede privada. Esse número aumentou para 13,6 mil em 2023, refletindo o crescimento da adesão ao sistema.
Atualmente, cerca de 40% das notificações de câncer vêm tanto da rede pública quanto da privada, o que contribui para uma visão mais abrangente e integrada entre os dois setores.
Cristiane Bastos, representante da SES-DF, enfatiza que o sistema permite um planejamento mais eficaz de políticas de saúde, além de intervenções mais direcionadas e assertivas para o combate ao câncer.
*Com informações da Secretaria de Saúde.